Eleições 2018

Entrada de Roseana tende a levar disputa para 2º turno no MA

Com pré-candidatura oficializada da peemedebista, acirramento da disputa deve inviabilizar vitória de qualquer candidato no primeiro turno, apontam pesquisas

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
(Roseana )

O lançamento da pré-candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) ao Governo do Estado – o anúncio oficial ocorreu na sexta-feira, 3 -, é tida por diversos observadores da cena política local como a garantia de que a eleição no Maranhão terá dois turnos em 2018.

A constatação baseia-se nos resultados das mais recentes pesquisas eleitorais divulgadas no estado e consideradas sérias por analistas que acompanham a movimentação dos pré-candidatos.

Para que haja um segundo turno numa eleição para governador, por exemplo, é preciso que o primeiro colocado na disputa tenha, no máximo, 50% dos votos. Se este obtiver 50%, mais um voto, a fatura está definida no primeiro.

Atualmente, no Maranhão, não há nenhum pré-candidato sequer próximo do patamar de 50% dos votos, segundo os principais levantamentos divulgados no segundo semestre de 2017.

Números - O mais completo deles, realizado pelo instituto Escutec, foi divulgado em setembro. Contratada pela Rádio Difusora AM, a consulta mostrava Roseana Sarney à frente do governador Flávio Dino (PCdoB) em todos os cenários levantados.

No primeiro e mais completo deles, Roseana Sarney tinha 36,9%, contra 33% de Flávio Dino – em situação de empate técnico. O senador Roberto Rocha (PSB) aparecia com 9,1% e Maura Jorge, 5%. Nenhum deles 4,4% e não sabem ou não responderam 11,7%.

Para este levantamento, o Escutec ouviu 2020 eleitores entre os dias 5 e 9 de setembro de 2017 em 60 municípios maranhenses.

Uma outra pesquisa havia sido divulgada dois meses antes, em julho. Contratada pelo Instituto Perfil – que atende políticos ligados ao governador -, a consulta passou pelos dez maiores colégios eleitorais do Maranhão e mostrou Flávio Dino com 25,7% dos votos, contra 23,7% de Roseana, em nova situação de empate técnico.

Em seguida, apareceu o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) – que até agora não demonstra qualquer interesse de entrar na disputa: ele tinha, então, 15,1%. A ex-prefeita Maura Jorge (Podemos), apareceu com 4,2%.

O senador Roberto Rocha, que saiu do PSB para ser candidato a governador pelo PSDB, acabou não sendo incluído. O Instituto Perfil ouviu nesse caso 1.558 pessoas.

É de olho em dados como esses que os articuladores de cada um dos pré-candidatos traçam suas estratégias, com a certeza de que, mantida atual tendência, dificilmente algum dos postulantes ao cargo de governador do Maranhão terá condições de vencer a disputa em um turno apenas.

Roseana lidera em municípios chave

Contribui para o forte recall da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) o desempenho que ela sustenta em importantes colégios eleitorais fora da Grande Ilha de São Luís.

Em Imperatriz, por exemplo – cidade que tem o segundo maior eleitorado do Maranhão -, a peemedebista aparecia em julho até 10 pontos à frente do segundo colocado, o governador Flávio Dino (PCdoB), em pesquisa também realizada pelo Instituto Perfil, ligado aos governistas.

Quando isolados apenas os questionários aplicados com eleitores daquele município, a ex-governadora tinha 32,8% das intenções de votos, e Flávio Dino apenas 21,3%.

Em Codó, situação parecida. No mês de julho foi divulgado um levantamento do Escutec, que ouviu 400 eleitores. Nele, Roseana aparecia com 40% das intenções de votos. Flávio Dino, apenas 31,5%.

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