A nova produção do cinema maranhense entrou em cartaz no Cine Lume (Renascença II), e no Cine Praia Grande (Praia Grande). O filme conta a saga de Jangada, pescador e artesão de barcos que fica cego e a iminência de sua morte muda o rumo da vida de todos ao seu redor. Em breve, a obra deverá entrar nos circuitos de diversos festivais em outros estados do Brasil e exterior.
O filme é composto por uma equipe técnica e artística 100% maranhense, o que representa o diferencial entre outros trabalhos já produzidos no Maranhão. É um filme autoral, em que o próprio roteirista se propõe a dirigi-lo e ainda protagoniza o personagem que dá nome ao filme. A linguagem cinematográfica compreendida na obra dialoga diretamente com o público no geral. No elenco, estão Luís Mário Oliveira, Dida Maranhão, Elza Gonçalves, Sara Silva, Juliana Rizzo, Márcio Sibaldi, Urias de Oliveira, João Olicar, André Luís Oliveira, Ramón Einstein, Guilherme Verde, Ana Rita Figueiredo, Antônio Garcia e Klycia Paiva.
“A nossa maior dificuldade foi encontrar apoiadores, pela falta de portfólio, mas pela força do projeto, alguns empresários se sensibilizaram e deram um start para que o filme começasse a ser produzido”, destaca Luís Mário Oliveira, ator e diretor.
Gravações
Foram dois anos intensos de gravações, edições, viagens e muito trabalho. O resultado surpreendeu o público e pessoas ligadas ao cinema no Maranhão, como é o caso do produtor cultural Euclides Moreira Neto, que postou comentário em sua rede social elogiando a iniciativa e a produção. “O filme tem cenas realmente lindas e emocionantes”, destacou Jean Feres, um dos diretores de fotografia.
O ator Luís Mário Oliveira, com nove anos de experiência na área, vem do teatro e se encantou pelo cinema. A história teve início numa caminhada de rotina pela praia, onde ele avistou uma carcaça de jangada. “Eu olhei de longe e fiquei pensando enquanto me aproximava. Fiz várias fotos perto dela. Imaginei de onde veio até chegar ali e aquilo não saiu da minha cabeça até virar o filme”, relatou o diretor.
Foi quase com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça que se produziu Jangada, conforme o diretor. A identificação com a afirmação de Glauber Rocha, cineasta brasileiro, se dá pela dificuldade de se produzir cinema com poucos recursos. Mesmo com as dificuldades, o resultado saiu a contento e na mais recente edição do Festival Maranhão na Tela, Jangada figurou como o mais premiado da mostra competitiva da categoria e recebeu os prêmios de melhor ator (Luís Mário Oliveira), melhor atriz (Dida Maranhão), melhor atriz coadjuvante (Juliana Rizzo), melhor trilha sonora (Henrique Duailibe) e melhor direção de fotografia (Paulo do Vale, Guilherme Verde e Jean Feres). Além de ser um filme, Jangada tornou-se uma produtora e já tem trabalhos de pré-produção agendados, como o de “Aurora: o encontro dos pólos”, que será realizado entre 15 e 31 de janeiro de 2018.
Serviço
O quê
Filme Jangada
Quando
Diariamente, exceto quartas e sextas às 18h30, em cartaz até o mês de novembro
Onde
Cinemas Lume (Renascença II), nas sessões de 17h20 e 20h10, e Praia Grande (Praia Grande), às 15h e 21h
Saiba Mais
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