Inclusão

Mais de 2 mil pessoas com deficiência estão trabalhando

Dado, referente a São Luís, foi apresentado ontem em evento promovido pela Superintendência do Trabalho e Emprego; atividade teve objetivo de sensibilizar empresários sobre a importância da pessoa com deficiência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Em São Luís, existem 2.382 pessoas com deficiência exercendo atividades formais em postos de trabalho (Deficiencia)

Em São Luís, mais de 2 mil pessoas com deficiência estão exercendo postos no mercado de trabalho formal. O quantitativo foi apresentado na manhã de ontem durante um evento promovido pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão (SRTE/MA) para sensibilizar a classe empresarial sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência dentro das organizações.

A atividade fez parte de uma mobilização inicial para o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, comemorado no dia 21 de setembro. No dia 1º daquele mês, haverá ainda uma nova reunião para definir os detalhes do evento que será realizado nesse dia.

Inclusão
Atualmente, está em vigor a Lei nº 8.213, de julho de 1991, conhecida como Lei de Cotas, que obriga o preenchimento de 2% a 5% das vagas do quadro de funcionários de uma determinada empresa com reabilitados ou com deficiência.

De acordo com os dados da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão, em São Luís existem 2.382 pessoas com deficiência exercendo atividades formais em postos de trabalho. São 4.391 vagas para esse público e o percentual de ocupação é de 54% até o mês de março.

Em todo o Maranhão, são 3.084 contratados e existe um total de 5.814 vagas para esse público, o que mostra um percentual de ocupação de 53%. O projeto de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, desenvolvido pela SRTE/MA, tem o objetivo de fazer com que cada vez mais esse público ocupe as vagas destinadas.

“A inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho traz dignidade e diversidade para as empresas. É uma responsabilidade que todos devemos ter, tanto dos governos federal, estadual e municipal”, disse Lea Cristina da Costa Silva, superintendente regional do Trabalho e Emprego no Maranhão.

Atualmente, as pessoas cegas são as que têm maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Em seguida, aparecem as deficientes visuais (aquelas que têm a visão reduzida) e os cadeirantes. Para mudar essa realidade, a superintendente chamou atenção para a necessidade de um maior diálogo com as instituições como o que aconteceu no evento de ontem.

“É necessário o diálogo e a preparação com as empresas. Não é fácil, é preciso certa adaptação, mas precisamos caminhar para a capacitação, sensibilização das empresas e responsabilidade também por parte do poder público”, destacou.

SAIBA MAIS

Apesar de existir desde 1991, a Lei das costas foi regulamentada nove anos depois, quando trouxe a questão da fiscalização sobre o cumprimento. Ainda neste momento, a regra não especificava quais as deficiências estariam inseridas, o que foi finalmente estabelecido em 2004, quando, assim, a legislação ficou mais redonda, preenchendo “buracos” que eram usados por empresas para recorrer a não contratação. Dessa forma, o Brasil começou a aplicar as regras com mais eficácia, evoluindo o tema ao longo dos últimos 12 anos.

No entanto, há muito que ser feito pela garantia dos direitos desse público. Afinal, contratar uma pessoa com deficiência não deve ser apenas algo quantitativo, mas também qualitativo. Ou seja, é preciso o preparo de todos para a convivência, assim como a garantia de igualdade de condições, cobrança, reconhecimento e tratamento.

Números
São Luís
2.382
pessoas com deficiências nos postos de trabalho
4.391 vagas
Maranhão
3.084
pessoas com deficiências nos postos de trabalho
5.814 vagas

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