WASHINGTON - O Departamento de Estado dos EUA afirmou,ontem, ter evidências de que o regime do presidente sírio Bashar al-Assad construiu um crematório perto a prisão de Sednaya, na Síria.
Stuart Jones, secretário-assistente para Assuntos do Oriente Próximo, disse que o cremátorio poderia ser usado para descartar corpos perto da prisão onde dezenas de milhares de pessoas foram detidas durante a guerra civil no país, que ocorre há seis anos.
Ele apresentou a jornalistas imagens de satélites que aparentemente mostram a neve derretendo no teto dessas instalações.
"A partir de 2013, o regime sírio modificou um edifício no complexo de Saydnaya para o que acreditamos ser um crematório", declarou o funcionário. "Apesar de muitas atrocidades cometidas pelo regime já terem sido documentadas, acreditamos que a construção de um crematório é um esforço para encobrir a extensão dos massacres em Saydnaya", ressaltou.
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Ele acusou a Síria de cometer "assassinatos em massa" e pediu que o governo do presidente Bashar al-Assad acabe com "essas atrocidades".
Jones indicou que a informação sobre o crematório chegou ao conhecimento de Washington por meio de agências humanitárias e pela "comunidade americana de inteligência". Segundo ele, até 50 pessoas seriam enforcadas diariamente nesta prisão. Neste mesmo período, o governo de Assad teria aprisionado entre 65.000 e 117.000 pessoas.
Jones não forneceu um número concreto de vítimas, mas mencionou um estudo da organização Anistia Internacional que estima entre 5.000 e 11.000 o número de mortos nesta prisão entre 2011 e 2015.
Jones também disse que os EUA têm "razões para ser céticos" sobre um acordo de desescalada negociado pela Rússia durante as conversas de cessar-fogo na capital do Cazaquistão, Astana, na semana passada.
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