Decisão

Uber continua proibido em São Luís

Em decisão nesta quarta-feira, 3, juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivo da capital, Manoel Matos, extinguiu sem julgamento do mérito ação popular que pediu revogação de lei que proíbe o serviço na capital maranhense

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Juiz extinguiu ação que pediu revogação da lei que proíbe Uber em São Luís (O aplicativo da empresa Uber é utilizado em diversas cidades do país)

Sem análise do mérito, foi extinta a ação popular ingressada pelo advogado Thiago Brhanner que pediu a revogação da lei nº 429/2016, que proíbe o serviço de Uber em são Luís. A decisão é do juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da capital, Manoel Matos de Araújo chaves.

Após a promulgação da lei pela Câmara de Vereadores de São Luís, o advogado deu entrada em uma ação popular alegando ser inconstitucional a lei porque cabe a União legislar sobre trânsito e transportes.

Além da inconstitucionalidade, Brhanner alegou ainda que o Uber é um sistema de prestação de serviço de transporte privado e que, por isso, deve ser protegido pelo “princípio constitucional da livre iniciativa”, sob pena de “prejudicar os empresários, os profissionais e os cidadãos que fazem uso do sistema”.

Pela decisão do magistrado, a ação popular foi usada no caso como uma espécie de Ação Direta de Inconstitucionalidade.

“O pedido e a causa de pedir da presente ação é a inconstitucionalidade da Lei Municipal Lei nº 429/2016. Os pedidos, por seu turno, consistem na abstenção da prática de atos com base na lei municipal impugnada e a sua revogação. Nesse contexto, verifica-se que a Ação Popular, in casu, está sendo utilizada como sucedâneo de Ação Direta de Inconstitucionalidade, algo não autorizado pelo ordenamento jurídico brasileiro”, despachou.

A lei que proíbe o serviço do Uber na capital maranhense é de autoria da ex-vereadora Luciano Mendes. A proposta foi aprovada em 2016 durante a campanha eleitoral. Após a aprovação pelos vereadores de São Luís, a proposição foi encaminhada para o Poder Executivo para ser sancionada.

No entanto, o prefeito da capital, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), nunca decidiu sancionar.

Em protesto, os taxistas pediram ao presidente da Câmara Municipal de São Luís que promulgasse a lei alegando que os profissionais da categoria estão sendo prejudicados pelo novo serviço que vem sendo oferecido na capital.

Astro de Ogum decidiu promulgar a lei, que passa a valer. Mesmo assim, os trabalhadores do Uber já avisaram que não deixarão de prestar os serviços.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.