A tropa de frente do governador Flávio Dino (PCdoB), composta por membros do seu governo e aliados, está distribuindo pelas redes sociais documento da Câmara Federal como prova de que o governador não emitiu qualquer parecer ao projeto de lei 2.279/2007, que segundo o delator, José Filho, ex-funcionário da Odebrecht, foi o motivo para o comunista pedir R$ 400 mil de propina da empresa.
A certidão é de 17 de março (um mês antes da divulgação dos nomes feita pelo ministro Edson Fachin), o que sugere que Flávio Dino já sabia que seria citado e, por isso, buscou uma carta de seguro.
“Certifico e dou fé que (…) o governador e ex-deputado Flávio Dino não apresentou parecer ou qualquer outra manifestação escrita ao Projeto de Lei 2.279/2007 no âmbito da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania”, diz a certidão espalhada pelos governistas.
Além dessa certidão, os aliados de Dino estão distribuindo outro documento que mostra a lista de deputados federais que se manifestaram sobre o Projeto de Lei 2.279/2007. Nesse documento, aparecem os nomes de outros deputados do PCdoB só não o de Dino.
Os dois documentos são uma certidão da Secretaria-Executiva da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e uma consulta realizada na internet.
Vazamento
Essa não é a primeira vez que Flávio Dino demonstra saber de informações privilegiadas. Na Operação Turing da Polícia Federal, que investiga esquema de desvio de dinheiro público na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, o governador também demonstra ter sabido antes.
Tanto que o secretário adjunto da pasta, apontado pela PF como o cabeça do esquema, foi exonerado semanas antes da operação ser deflagrada.
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