Descaso

Anexo infantil de unidade escolar na Liberdade está abandonado

De acordo com pais de alunos, até o momento, a Prefeitura de São Luís não informou quando ocorrerá a reforma do prédio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Anexo infantil da Unidade Mário Andreazza está abandonado (anexo infantil mario andreazza)

SÃO LUÍS - O anexo infantil da unidade escolar Mário Andreazza – administrado pela Prefeitura de São Luís – está abandonado e sem perspectiva de reforma. De acordo com os pais de alunos, até o momento, o Município não informou quando ocorrerá a recuperação física do prédio. Enquanto isso, os estudantes foram transferidos para uma unidade provisória, situada no Monte Castelo.

O Estado não teve acesso à parte interna do anexo. Mesmo do lado de fora, é possível perceber que parte da cobertura do prédio cedeu. Segundo os moradores, a situação se agravou nas últimas semanas com a ocorrência as chuvas na capital maranhense. Ainda de acordo com os pais de alunos, o prédio apresenta problemas estruturais há, pelo menos, 15 anos. “Desde este período, a comunidade da Liberdade não pode usar o prédio e a gente é obrigado a matricular nossos filhos em uma unidade em outro bairro”, disse Maria dos Remédios, moradora da Liberdade.

“Desde este período, a comunidade da Liberdade não pode usar o prédio e a gente é obrigado a matricular nossos filhos em uma unidade em outro bairroMaria dos Remédios, moradora da Liberdade
Além dos danos físicos, o prédio também está servindo como abrigo para marginais. De acordo com um comerciante do bairro que preferiu não se identificar, algumas pessoas chegam a pular o muro do anexo. “Com certeza, eles estão lá dentro consumindo drogas e talvez se escondendo de ações delituosas”, disse.

Por causa da impossibilidade de uso do prédio, cerca de 380 alunos (atualmente matriculados na unidade provisória do Mário Andreazza no Monte Castelo) são prejudicados. A própria direção da unidade admite o fato. “Reconheço que os alunos das primeiras séries infantis poderiam estar na parte da escola onde funciona, por exemplo, o ensino básico. Mas isso não é possível e, no momento, não vejo perspectiva”, afirmou Ana Ruth, apontada pelos pais como a diretora da unidade Mário Andreazza.

Outros casos

Este não é o primeiro caso de negligência do poder público com a educação. No dia 27 de março deste ano, o teto de uma das salas da escola Darcy Ribeiro – da Prefeitura – desabou. Na ocasião, duas pessoas (dentre elas um professor e um aluno), ficaram feridas. Após avaliações dos danos físicos no prédio, o Município informou que a causa do fato foi a intensificação do período chuvoso na capital maranhense.

Três dias depois, parte do forro e da parede de uma das salas da unidade escolar Rosa Mochel – também administrada pela Prefeitura de São Luís – caiu. Por sorte, ninguém se feriu.

Outro lado

Até o fechamento da matéria, a Prefeitura de São Luís não se pronunciou sobre a situação do anexo da unidade Mário Andreazza. Sobre o uso do prédio por marginais, a Polícia Militar informa que tem feito rondas diariamente no local, para coibir as ações criminosas.

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