BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, nesta terça-feira (7), que, após a recessão do ano passado, a economia brasileira começou a mostrar os primeiros sinais de crescimento. Na visão de Meirelles, por conta das medidas tomadas pelo governo, o Brasil voltará a crescer no primeiro trimestre de 2017.
Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Meirelles mostrou os indicadores que comprovam a virada no cenário entre o fim de 2016 e o início de 2017. Mesmo os dados de emprego, que normalmente são os últimos a reagir em uma crise, sinalizam recuperação, com a indústria voltando a gerar postos de trabalho.
“O Brasil, hoje, já é um País que volta ao normal”, afirmou. Meirelles adiantou que a tendência é a economia melhorar, especialmente após a aprovação das reformas encaminhadas pelo governo. Entre elas, as mudanças no sistema de Previdência Social e a modernização da legislação trabalhista. Para o ministro, o Brasil avança a um novo estágio de produtividade.
Entre os indicadores apresentados por Meirelles, estão o fluxo de veículos leves nas estradas, produção e venda de papelão ondulado, vendas de supermercado e produção de motos. Meirelles também destacou a importação de bens intermediários, a confiança do consumidor, emplacamento de automóveis comerciais e risco Brasil. Para ele, esses dados indicam uma economia mais saudável em 2017.
Reformas econômicas
Na prática, explicou Meirelles, o setor público vai tirar menos recursos da sociedade para se financiar, o que vai deixar um espaço a ser ocupado pelo setor privado. Ou seja, o Brasil vai se tornar mais eficiente, com maior capacidade de gerar investimentos e empregos.
Porém, o ministro admite que o País ainda sente o resultado de uma série de políticas econômicas que levaram à crise brasileira. Hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre do ano passado e o resultado consolidado de 2016 registraram números negativos.
“Esses números são o resultado de uma série de políticas que levaram a economia brasileira a enfrentar a maior crise de sua história (...). Agora, estamos em processo de saída dessa crise”, ponderou.
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