SÃO LUÍS - A morte de uma funcionária do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) esta semana chamou a atenção para o uso de um emagrecedor natural, que pode ser adquirido com facilidade, mesmo sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Rachel Cristina Ferreira Araújo, de 54 anos, morreu na última quinta-feira (12), e, segundo a família, o motivo pode ter sido o consumo da Noz da Índia, semente utilizada para perda de peso.
Em entrevista à Rádio Mirante AM, o professor de Comunicação Social Ed Wilson Araújo, irmão de Rachel Araújo, disse que a funcionária do TJMA consumia o emagrecedor há cerca de três meses, sem o conhecimento da família. Há alguns dias, ela começou a apresentar um quadro de diarreia, vômito e dores abdominais. "Não temos condições de dizer que foi por causa do emagrecedor, mas o fato é que ela vinha tomando essa Noz da Índia e começou a ter diarreia, vômito e dores abdominais. Fomos duas vezes na UPA e ela ficou internada na terceira vez. Na quinta-feira (12) ela já estava bastante debilitada e veio a falecer por volta das 18h", relata.
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A médica Marizélia Ribeiro, que é amiga da família de Rachel e chegou a acompanhá-la no hospital, disse que, a princípio, o quadro clínico de Rachel assemelhava-se ao de uma infecção intestinal, que, segundo a médica, é muito comum nesse período do ano. No entanto, quando a família ficou sabendo que ela consumia a Noz da Índia para emagrecer, a suspeita passou a ser o uso do emagrecedor, que já teria provocado internações e até outras mortes. "Depois da morte dela, ficamos sabendo que outras cinco pessoas próximas utilizavam a Noz da Índia e também passaram mal, mas interromperam o uso. E na UPA do Vinhais, recebemos a informação de que outras pessoas já tinham indo à unidade por se sentir mal, após usar o emagrecedor", destaca a médica.
A família de Rachel Araújo afirma que já denunciou o caso ao Ministério da Saúde e aos órgãos de saúde locais, na expectativa de que a venda do emagrecedor seja suspensa em São Luís, a exemplo do que ocorreu em Mato Grosso, no início do ano passado, após a morte da Claudinha Félix, de 38 anos, supostamente pelo uso da Noz da Índia. "Não teremos mais a vida da Rachel de volta, mas queremos evitar que outras pessoas passem por isso", ressaltou a médica Marizélia Ribeiro.
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