Tragédia

Rússia vai investigar as causas de queda de avião

Voo que decolou de Sochi perdeu contato com as torres de controle após 20 minutos; 92 pessoas estavam a bordo e não houve sobreviventes; ação terrorista não está descartada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Equipe de emergência da Rússia transporta restos do avião militar russo que caiu no Mar Negro na noite deste domingo

MOSCOU- Um avião militar russo com 92 pessoas a bordo caiu no mar Negro, logo após decolar do balneário de Sochi, no sudoeste da Rússia ontem. O desaparecimento da aeronave e o encontro dos destroços do avião foram confirmados pelo Ministério da Defesa. O órgão informou que não há sobreviventes do desastre aéreo.O presidente russo Vladimir Putin declarou luto nacional para esta segunda-feira.

A aeronaUm avião militar russo com 92 pessoas a bordo caiu no mar Negro, logo após decolar do balneário de Sochi, no sudoeste da Rússia ontem. O desaparecimento da aeronave e o encontro dos destroços do avião foram confirmados pelo Ministério da Defesa. O órgão informou que não há sobreviventes do desastre aéreo. O presidente russo Vladimir Putin declarou luto para esta segunda-feira.

A aeronave decolou às 5h20 no horário local, 0h20 no horário de Brasília, com destino à base aérea russa de Khmeimim, na Síria, e sumiu dos radares 20 minutos após a decolagem, ao fazer uma manobra sobre águas russas. O governo russo não descarta ação terrorista como a causa do acidente.

Equipes de emergência resgataram corpos e restos do avião; alguns foram encontrados a cerca de 1,5 km da costa. Barcos, helicópteros e drones ajudam nas buscas.

O modelo da aeronave é um Tu-154, muito usado no transporte aéreo doméstico na Rússia. O avião procedia de Moscou e tinha feito escala no aeroporto de Sochi para reabastecer.

Avião do modelo Tu-154 é usado para o transporte aéreo doméstico na Rússia

Vítimas

A bordo do avião viajavam militares e integrantes do renomado coral e grupo de dança Alexandrov, do Exército russo, que participariam das comemorações de Ano Novo na base aérea síria de Khmeimim, em Latakia, onde a Rússia tem um agrupamento de aviões de guerra. Além dos integrantes do coral também estariam a bordo do voo nove profissionais de imprensa, oito soldados e dois funcionários civis. A BBC informou que Elizaveta Glinka, conhecida como Doutora Liza e diretora-executiva da instituição de caridade Fair Aid, estava no voo.

As condições do clima no local no momento do desaparecimento estavam favoráveis e vão ser investigadas se houve falha técnica ou humana.

O ministro dos Transportes da Rússia afirmou que investigadores estão estudando todas as razões possíveis para a queda do avião. Ele considerou que está incluída nas investigações a hipótese de ataque terrorista. Após ser questionado sobre isso na tarde de domingo, 25, porém, o ministro Maxim Sokolov afirmou que "todo o espectro" de razões possíveis está sendo considerado. Ele acrescentou que é prematuro especular as causas do acidente.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado imediatamente quando a aeronave desapareceu dos radares.

Mais

O avião que caiu foi construído em 1983 e passou por manutenção em 2014, de acordo com o Ministério da Defesa. O Tu-154 é um avião soviético de três motores projetado no final dos anos 1960. Mais de mil aviões deste modelo foram construídos, e eles foram usados por transportadoras na Rússia e em todo o mundo. Recentemente, companhias aéreas russas substituíram modelos Tu-154 por outros mais modernos, mas o Exército e algumas outras agências do governo russo continuam usando-o.

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