Descaso

Após incêndio, prédio da Seplan segue abandonado no Centro Histórico

Antigo prédio do Sioge também se encontra na mesma situação, abandonado e servindo de abrigo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

[e-s001]O prédio onde funcionou a Secretaria de Planejamento (Seplan) da Prefeitura de São Luís, na Rua do Sol – nº 188, e sofreu um incêndio no ano passado, segue abandonado. Sem nenhum reparo realizado, o prédio está sendo invadido e se tornando abrigo para moradores de rua e usuários de drogas.

O incêndio aconteceu em novembro do ano passado, tendo como causa um curto circuito na instalação elétrica na parte superior. O fogo se alastrou, consumindo móveis, importantes documentos e todo o telhado. Três carros do Corpo de Bombeiros foram utilizados para debelar o incêndio na ocasião. Somente o que restou no segundo piso foram as paredes sob o risco de desabamento.

Após o incêndio o expediente do órgão foi transferido para a Escola de Governo e Gestão Municipal, na Rua das Andirobas – nº 26, no Renascença I. Hoje, 10 meses depois, o prédio está em condições piores. A frente do prédio foi cercada por tapumes, mas sem segurança, o prédio teve as trancas violadas, deixando o acesso livre a qualquer pessoa, mesmo com o risco de desabamento.

[e-s001]No espaço entre os tapumes e o prédio, há muita sujeira acumulada e fezes. A porta principal está quebrada e moradores de rua e usuários de drogas entram e saem do prédio sem ser incomodados. A situação preocupa moradores da região.

Sioge
A situação do prédio da Seplan lembra o estado do prédio onde funcionou o antigo Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge). De arquitetura imponente, o prédio que foi construído no fim do século XIX e abrigou o órgão que já foi responsável por toda a produção gráfica do Maranhão, hoje é o retrato do abandono.

A edificação também já abrigou uma fábrica e uma emissora de rádio e hoje está tomada por lixo deixado no local por moradores de rua e usuários de drogas. Mais grave que isso é o fato de que o prédio vem registrando vários casos de violência. Em março deste ano, um morador de rua foi encontrado morto no local.

Apesar dos vários projetos, a revitalização do prédio nunca foi executada. Por último, em 2014, foi assinado um convênio entre a Universidade Federal do Maranhão, o Governo do Estado e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que garante um repasse da multinacional Petrobras de R$ 11 milhões para restauração do prédio, com a finalidade de transformá-lo em um Núcleo de Arqueologia da Universidade.

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