IFMA Maracanã

Comunidade acadêmica do IFMA Maracanã reclama de acesso precário ao campus

Buracos e assaltos prejudicam o trânsito dos moradores da região e dos estudantes, professores e funcionários da instituição de ensino

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Por causa da buraqueira, para passar na Avenida dos Curiós, veículos têm de reduzir velocidade (Rua dos Curiós)

SÃO LUÍS - Quem precisa trafegar diariamente pela Avenida dos Curiós, no Maracanã, tem enfrentado problemas como buracos e assaltos a ônibus. Esse é o caso da comunidade acadêmica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) – Campus Maracanã (antiga Escola Agrotécnica), que tem essa avenida como principal acesso.

Toda a extensão da avenida está tomada por crateras que atrapalham o tráfego de veículos pequenos e grandes. Segundo os moradores da região, a via não recebe reparos há muito tempo e os buracos ficaram maiores com a combinação das chuvas do início do ano e a passagem de veículos pesados. Para passar pela via, é preciso reduzir muito a velocidade e fazer um zigue-zague entre os buracos para evitar prejuízos.

Além dos prejuízos para o trânsito, estudantes e professores ressaltam que os buracos colaboram para a ação dos criminosos. O professor e conselheiro do grêmio estudantil, Weversom Scarpini Almago, conta que já foram encaminhados vários pedidos de reparos para a via, mas não houve retorno. “Fora os moradores, temos 4 mil pessoas circulando naquela avenida, um trecho de 2 km com total descaso por parte da Prefeitura. Já pedimos várias vezes e não foi feito nenhum reparo. Falam apenas que está dentro do projeto”, afirmou.

Ainda de acordo com o professor, a preocupação maior é que os criminosos comecem a fazer vítimas fatais nesse meio, onde estão encontrando condições favoráveis para abordar os alunos e professores. E esse é o mesmo medo dos estudantes. Miquelangelo Silva está no primeiro ano de estudos no campus Maracanã e já presenciou uma tentativa de assalto no ônibus que ele estava quando saia do campus.

O estudante lembra que, há cerca dois meses, três homens e uma mulher armados com faca tentaram entrar no ônibus que deixava o bairro pela Av. dos Curiós no fim da tarde. “O motorista percebeu e não deixou todos entrarem. Aí como eles não conseguiram roubar os passageiros, feriram o motorista. A gente vem e vai embora todo dia com medo”, disse o estudantes.

Reivindicação
A insegurança na região onde está localizado o campus é uma reclamação antiga da comunidade acadêmica. Em junho de 2015, um ônibus da linha Vila Esperança foi assaltado em frente ao Campus IFMA no Maracanã. Quatro homens teriam esperado o ônibus no ponto final da linha, que fica em frente à instituição. Ao entrar no veículo, anunciaram o assalto. A cobradora do ônibus foi esfaqueada na perna e um aluno sofreu escoriações ao tentar fugir do coletivo.

Ainda no ano passado, em junho, diretores e estudantes do campus Maracanã e representantes da comunidade Vila Esperança reuniram-se com representantes da Polícia Militar para discutir medidas de segurança. Na ocasião, foi levantada a possibilidade de oferta de espaço na área da instituição para que fosse construído um ponto de apoio à PM. Também ficou acordado que o campus encaminhará documento à Secretaria Estadual de Segurança Pública, para solicitar o reinício do processo de formação do Conselho Comunitário da Vila Esperança e ainda uma audiência pública com o secretário da pasta.

Já neste ano, em abril, os estudantes do instituto fizeram uma manifestação nas proximidades do km 5 da BR-135. O motivo principal do protesto foi o último reajuste tarifário das passagens de ônibus do sistema de transporte coletivo. Mas os alunos aproveitaram a ocasião para reivindicar também por mais policiamento na região, visto que professores e alunos eram alvos recorrentes de criminosos.

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