A Academia Ludovicense de Letras (ALL), também chamada de Casa de Maria Firmina dos Reis, foi fundada em 10 de agosto de 2013, aos 190 anos de nascimento do poeta Gonçalves Dias e aniversário dos 400 anos de fundação da cidade de São Luís. É uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com sede e foro na cidade de São Luís.
O termo “Academia” remonta da Academia de Platão, fundada em Atenas, no século 360 a.C. tendo sido considerada, pela história, a primeira instituição de nível superior do mundo ocidental.
A Academia Ludovicense de Letras (ALL) tem por finalidade “o desenvolvimento e a difusão da cultura e da literatura ludovicense, a defesa das tradições literárias do Maranhão e, particularmente, de São Luis, a perpétua renovação e revitalização do legado da Atenas Brasileira, o culto às origens da cidade e à sua formação pelas letras, a valorização do vernáculo e o intercâmbio com os centros de atividade culturais do Maranhão, do Brasil e do exterior.”
A ALL é composta por 40 membros efetivos e sócios honorários, correspondentes e beneméritos. Conta com seus órgãos próprios como o Plenário, a Diretoria, o Conselho Fiscal e Conselho de Decanos, as comissões permanentes e temporárias, com suas atribuições definidas e subscritas no Regimento Interno.
As cadeiras da Academia são ocupadas pelos membros efetivos, ostentam o título em caráter de perpetuidade e são numeradas e identificadas por figuras notórias da vida cultural e literária ludovicense e maranhense, já falecidas, destacando-se: Claude D’Abbevelle, padre Antônio Viera, Odorico Mendes, João Lisboa, Cândido Mendes, Gonçalves Dias, Maria Firmina dos Reis, Sousândrade, Aluisio Azevedo, Raimundo Correia, Coelho Neto, Graça Aranha, Viriato Corrêa, Humberto de Campos, Dilú Mello, Odylo Costa, filho, Mário Meireles, Josué Montello, Domingos Vieira Filho, João Mohana, Dagmar Desterro e Bandeira Tribuzi.
Uma Academia de Letras não pode ser uma instituição de compêndios teorizantes, nem tampouco um simples grupo de amigos que apenas trocam ideias entre si. Deve ser sim, uma instituição capaz de perceber a natureza integral do homem, em todas as suas dimensões, de vez que a cultura, sendo um fato espiritual, completará a consciência de cada acadêmico e a sua co-responsabilidade universal. Como pessoa, o homem é membro de um universo de pessoas. Como ser histórico, buscará sempre a aventura hunana, por isso ele é criador e conduz suas relações de transformação. O homem é, por natureza, criativo, profético e crítico. Criativo enquanto produtor de ações criativas que envolvem o presente e o passado, estabelecendo relações dele com o mundo e as outras pessoas. Profético, quando evidencia seus projetos e seus desejos dentro de uma lógica profética: o futuro. É crítico enquanto demonstra sua capacidade de reconhecer ou rejeitar fatos históricos e habilita-se a emitir juízos. Afinal de contas, o homem é e será sempre um mistério na vida.
Estar em uma Academia de Letras não é, portanto, ser apenas imortal. Cada membro da Academia tem o direito de participar e usufruir de todo universo acadêmico, sentir exploradas suas potencialidades literárias, navegar de conformidade com seus interesses e aptidões, apoiado pela instituição. Todo homem, como ser cósmico, requer a possibilidade de sua expansão, busca seu espaço de definições e gosta de fazer crescer seus conhecimentos literários e linguísticos.
È louvável o compromisso da Academia Ludovicense de Letras com a nossa cultura e, juntamente com as co-irmãs, o cultivo das letras da Terra.
Aldy Mello
Ex-reitor de UFMA e do CEUMA, membro efetivo da IHGM e da ALL
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