Alta dos alimentos

Custo da cesta básica sobe e totaliza R$ 357,11 na capital maranhense

Variação no período foi de 0,15% e no acumulado dos primeiros quatro meses do ano, a alta chega 9,04%; farinha de mandioca, manteiga e banana foram os produtos com maiores altas

Ribamar Cunha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Farinha de mandioca foi uma das vilãs da alta da cesta básica no mês de abril (farinha)

A farinha de mandioca, a manteiga e a banana foram os produtos que mais contribuíram para o aumento de 0,15% na cesta básica do ludovicence no mês de abril, que custou R$ 357,11 no período, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, a alta chega 9,04%.

De acordo com a pesquisa do Dieese, com exceção do tomate e do arroz agulhinha, que tiveram queda de 13,46% e 0,63%, respectivamente, e do óleo de soja, que não variou, todos os demais produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento no preço. A farinha de mandioca com elevação de 9,11%, teve a maior variação.

Em seguida, na lista de maiores altas, aparecem a manteiga (8,9%) e a banana (8,35%), produto que nos últimos meses tem sido um dos itens que mais pressionou o aumento do custo da cesta básica em São Luís. Segundo o Dieese, a oferta da fruta aumentou, mas a cotação seguiu em alta, devido ao clima desfavorável na região nordeste (Bahia e Pernambuco), prejudicando a qualidade e a distribuição da fruta.

Os outros produtos que apresentaram elevação no preço em abril foram o feijão carioca (4,05%), leite integral (3,44%), café em pó (2,39%), açúcar refinado (2,12%), pão francês (0,65%), e carne bovina de primeira (0,10%).

No caso do feijão, o clima desfavorável no centro-sul e entressafra esticada no Nordeste prejudicaram a produção e a comercialização do produto e manteve em alta o preço. Já a situação do leite, com a elevada competição entre as indústrias nesse período de entressafra e o alto custo de produção, vem reduzindo a oferta, impactando no preço final do produto, influenciando também no valor dos derivados, a exemplo da manteiga.

Em relação ao café em pó, o Dieese informou que o preço do produto aumentou nos últimos meses, mas em menor intensidade, se comparado com os outros itens da cesta básica. O preço do açúcar refinado também se elevou em abril, apesar do crescimento na oferta de cana-de-açúcar.

Queda

O tomate que vinha sendo o grande ‘vilão’ da inflação deu trégua e vem apresentando queda de preço nos últimos meses. Apesar de o clima desfavorável ter prejudicado a qualidade do produto e atrasado a colheita, a oferta segue alta e o preço diminuiu na maioria das capitais pesquisadas.

Já o arroz agulhinha teve seu preço reduzido devido a alguns fatores, tais como: comercialização da safra antiga; preços menores na compra do produto da nova temporada; grande volume de estoque – vendas enfraquecidas; e avanço da colheita na região sul do Brasil.

Mais

Cesta x salário mínimo

Em abril de 2016, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 89 horas e 17 minutos, ligeiramente superior à jornada calculada para março, de 89 horas e 08 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 8% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, 44,11% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em março, demandavam 44,04%.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.