Ainda no páreo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Embora existam notícias de que nenhum dos dois pode mais ser candidato a qualquer coisa nas eleições de outubro, o fato é que tanto o deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) quanto a vereadora Helena Duailibe (PMDB) ainda podem disputar o pleito.
Pelo menos do ponto de vista legal, burocrático.
É que ambos são secretários. Evangelista é secretário de Desenvolvimento Social do governo Flávio Dino (PCdoB); Helena é secretária municipal de Saúde na gestão de Edivaldo Júnior (PDT). E este fato tem levado alguns a achar que eles perderam o timing das candidaturas ao não se desincompatibilizar até o dia 2 de abril passado.
Mas o fato é que o tucano e a peemedebista podem deixar os cargos até o dia 2 de junho, na condição de serem candidatos a cargos majoritários – prefeito ou vice-prefeito.
Por isso é que os dois ainda estão no páreo da disputa em São Luís.
Neto Evangelista tenta convencer o PSDB a ser o candidato da legenda em São Luís. E deu prazo exatamente até junho, para mostrar que tem viabilidade nas pesquisas eleitorais.
Helena Duailibe, por sua vez, ainda é o nome do PMDB para uma eventual aliança, sobretudo com o prefeito Edivaldo Júnior, projeto defendido por setores importantes do PMDB, apesar de o partido ter o vereador Fábio Câmara como opção de candidatura a prefeito.
Em outras palavras, a lista de candidatos à disputa majoritária em São Luís ainda não está fechada, e deve aumentar até o início de junho. E se Helena Duailibe ou Neto Evangelista deixarem mesmo seus cargos, significará que as coisas ainda andarão até as convenções de julho.

Última cartada
Membros do PDT e do governo Flávio Dino iniciaram uma missão em nome do prefeito Edivaldo Júnior, que tem como alvo a deputada Eliziane Gama (PPS).
Eles querem simplesmente que a parlamentar abra mão de sua candidatura a prefeita em nome de um acordo que vise à reeleição de Edivaldo.
E apontam até a indicação de um vice da confiança da deputada, com a garantia de que, em 2020, ela seja a sucessora do próprio Edivaldo.

Terceira via
O deputado Eduardo Braide (PMN) é avaliado por analistas como fator importante em uma eventual disputa em São Luís.
Equilibrado e com fortes ações sociais, o parlamentar tem a credibilidade que não foi medida em nenhum outro dos pré-candidatos já lançados.
Para analistas, Braide pode ser a terceira via que os eleitores – mais de 35%, segundo a última pesquisa Escutec – esperam para São Luís.

Outro caminho
O vereador Fábio Câmara diz nem cogitar a possibilidade de o senador João Alberto de Sousa, presidente do PMDB, negociar o apoio do partido a outro candidato.
Câmara vem trabalhando há cerca de seis meses a sua candidatura a prefeito, com o apoio do próprio João Alberto.
Ocorre que, na semana passada, aumentaram rumores de que o PMDB pode fechar acordo diferente, inclusive com o prefeito Edivaldo Júnior.

Sem negociação
O governo estadual já deixou claro que não concederá qualquer reajuste a servidores públicos este ano.
Os pedidos de reajuste salarial são considerados fora da realidade da situação do país pelos auxiliares do governador Flávio Dino (PCdoB).
Nem as ameaças de greve fazem com que o governo reveja os casos. No exemplo dos professores, além do governo, os educadores sofrem com o próprio sindicato.

Câmara
Parece que a proposta do vereador Chico Carvalho (PSL) – de descontar dos salários dos parlamentares que faltarem as sessões – já começou a surtir efeito.
Mesmo sem ainda estar valendo, a proposição deixou muitos vereadores preocupados até mesmo porque muitos passam quase as 12 sessões mensais sem aparecer.
E os fieis apoiadores do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) – Ivaldo Rodrigues, Pavão Filho, Pedro Lucas Fernandes e Osmar Filho – terão que reduzir suas cansadas presenças nos atos da Prefeitura.

Contra-ataque
O presidente estadual do PSB, Luciano Leitoa, articulou a partir de Timon, cidade que administra, uma reação contra o senador Roberto Rocha.
Os dois travam uma guerra de bastidores pelo controle do partido: Leitoa quer permanecer no posto; Rocha arma uma intervenção.
O prefeito, então, mobilizou aliados na imprensa e no Legislativo local para desferir ataques contra o senador.

Perdeu espaço
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), perdeu espaço para os governadores do Ceará, Camilo Santana; e da Bahia, Rui Costa, ambos do PT, após o processo de impeachment.
Em Brasília, o comunista é hoje reconhecido como bom orador na defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), mas homem de pouca ação.
A imagem ficou mais forte depois de ele não conseguir virar votos a favor da petista. Já os dois petistas pouco falaram, mas garantiram vários votos contra o impedimento da petista.

E MAIS

• O governador Flávio Dino decidiu manter engavetada uma pesquisa do Instituto DataM realizada na semana passada. Ele não gostou do que viu em São Luís.

• Os emissários do prefeito Edivaldo Júnior que tentam conversar com a deputada Eliziane Gama levam fórmulas prontas de aliança entre os dois, rechaçadas pela parlamentar.

• O PHS reuniu sua militância na semana passada para reafirmar pré-candidatura do ex-vereador João Bentivi na capital maranhense.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.