Todos os meses, moradores do Village do Cohatrac, em São José de Ribamar, pagam as contas de águas, mas nunca têm o líquido disponível nas torneiras de suas casas. Segundo eles, um poço foi construído há alguns anos na comunidade para resolver o problema, mas nunca entrou em operação. Como consequências, os moradores têm de buscar formas alternativas para conseguir a água e gastam dinheiro a mais.
O poço foi construído pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) no ano de 2012 e tem aproximadamente 120 metros de profundidade. Ele localiza-se próximo a um campo de futebol e beneficiaria mais de 3 mil famílias. Contudo, desde que foi construído nunca funcionou.
Abandono
Em volta do poço, foi construído um muro e colocado um portão para evitar que ele fosse alvo de atos de vandalismo. O mato cresce sem controle ao redor, sinal de que há muito tempo o espaço não recebe cuidados.
Próximo ao poço, também é possível observar entulhos e lixo escondidos entre o mato. Além disso, no local também há pneu velho e outros objetos que acumulam água, transformando-se em potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com Lourdes Martins, os moradores da localidade já se mobilizaram e se reuniram com o presidente da Caema, Davi Telles, para pressionar o órgão a colocar o poço em operação. Segundo ela, o gestor da companhia se comprometeu em resolver essa situação, contudo, os moradores do Village do Cohatrac continuam sem água em suas torneiras.
“Já pedimos até pela misericórdia de Deus, porque o poder público não tem interesse em nos ajudar. A população não aguenta mais. Está todo mundo ‘jogado’. Ninguém tem água. Esse é um problema público e não temos mais para quem reclamar”, disse a moradora.
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Transtornos
Enquanto o poço não entra em operação, os moradores do Village do Cohatrac têm de arcar com um duplo transtorno, que é ficar sem água em suas casas e ter de procurar alternativas para conseguir o líquido, como pagar o carro-pipa para abastecer as residências.
“No momento, nós estamos comprando a água. Os vizinhos se juntam e cada um colabora com R$ 40,00 para ter mil litros de água. O fato é esse. O poço está aí, à espera de quem resolver”, disse Kátia Regina Silva.
Fátima Maria Almeida disse que alguns moradores têm de comprar água mineral para consumo. “Eles [Caema] não consertaram o poço, e tudo o que nós temos até o momento são apenas as promessas”, lamentou a moradora.
O Governo do Estado foi procurado pela reportagem para se posicionar sobre o poço do Village do Cohatrac, mas até o fechamento desta página nenhuma resposta foi obtida.
SAIBA MAIS
O Governo do Estado iniciou a construção de diversos poços, por meio do programa “Água para todos”, com o intuito de resolver o problema de abastecimento de água em bairros da cidade. Contudo em muitos desses locais os transtornos causados pela falta de água continuam.
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