SÃO PAULO - O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, medido a partir do volume de consultas realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian, registrou entre janeiro e março o pior trimestre da série iniciada em janeiro de 2000. O índice encolheu 8,5% na comparação com igual intervalo do ano passado, pressionado por uma retração de 19,5% na atividade do segmento de Veículos, motos e peças.
Em março, o indicador caiu 1,5% em relação a fevereiro, com ajuste sazonal. Na comparação com março de 2015 houve queda de 9,2% no movimento dos consumidores nas lojas.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda da atividade do Comércio é sustentada pelo aumento do desemprego, pela inflação e pelo baixo grau de confiança do consumidor. Além disso, o crédito mais caro também afetou o setor, especialmente nos segmentos onde o crédito exerce papel importante nas vendas. É o caso, justamente, do segmento de Veículos, motos e peças.
Os segmentos de Tecidos, vestuário, calçados e acessórios e Móveis, eletroeletrônicos e informática também se destacaram negativamente no trimestre, com retração de 14,6% e 13,1%, respectivamente. O único segmento a apresentar expansão das atividades em 2016 na comparação anual foi o de combustíveis e lubrificantes, com alta de 5,3%.
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é calculado a partir de uma base composta por 6.000 empresas comerciais, e é segmentado em seis ramos de atividade comercial. Além das áreas citadas, compõem o estudo também os segmentos de Supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,2% no trimestre) e Material de construção (-4,5%).
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