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Snoopy e Charlie Brown - Peanuts é emoção para crianças e adultos

Animação, que está em cartaz, traz de volta o encanto dos personagens criados em 1950 por Charles M. Schultz

Poliana Ribeiro/O Estado Online

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
(snoopy)

Adultos poderão ficar com os olhos marejados, crianças ficarão, certamente, encantadas, mas ninguém sairá ileso após uma sessão de Snoopy e Charles Brown - Penauts, que está em cartaz nos cinemas. Seja porque o desenho remete à infância ou porque é uma linda novidade, o fato é que a produção não poupará nenhum espectador.

Tudo isso deve-se à genialidade de Charles M. Schultz por ter criado personagens tão encantadores e atemporais, mas também aos estúdios de animação da Fox e Blue Sky – os mesmos por trás dos sucessos da saga A Era do Gelo e Rio -, que conseguiram manter os traços originais do desenho, apesar da inovação do 3D.

A história é a mesma conhecida por quem acompanhava os quadrinhos – criados na década de 1950 – ou os desenhos animados exibidos na TV, nos anos 1980 e 1990: as desventuras de Charlie Brown e seu cãozinho Snoopy, sempre rodeados pelos amigos Linus, Patty Pimentinha, Lucy, Sally, Schroeder, Woodstock, entre outros.

Charlie Brown é o protótipo do anti-herói: inseguro, acumula vários fracassos ao longo da vida. Seja na hora de empinar uma pipa ou ao chutar uma bola, nada dá certo para o Minduim. Enquanto isso, seu cachorro Snoopy é um modelo de segurança e autoconfiança, capaz de viver aventuras inimagináveis para um cachorro – como protagonizar uma perseguição no ar para salvar a doce Fifi.

Enquanto Snoopy é o herói que salva a donzela, Charlie Brown estremece só de pensar em falar com a Garotinha Ruiva, que acaba de entrar na escola e por quem ele se apaixona. Por ela, ele é capaz de enfrentar uma plateia em um show de talentos, aprender a dançar e ler o volumoso livro Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, para fazer um resumo, embora nada disso saia como ele planeja.

A animação que está nos cinemas não tem um roteiro inovador, mas nem por isso é menos encantadora. Na realidade, o que a plateia presente no cinema quer mesmo é ver aqueles personagens adoráveis, como o Linus com o seu inseparável cobertor, ou mesmo a enfezada Lucy. Mais que isso, o público quer torcer para Charlie Brown e se divertir com o Snoopy.

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