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Obama diz que vai intensificar ações na Síria, mas nega envio de tropas

Presidente dos EUA falou sobre o Estado Islâmico e atentados em Paris; ele está em Ancara, na Turquia, para conferência do G20

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

Ancara - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (16) que haverá uma intensificação da estratégia militar do país na Síria, mas que apesar dos apelos por uma intervenção terrestre no país contra o Estado Islâmico, esta ação seria um erro.

Obama falou sobre os ataques em Paris, que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos, durante uma conferência do G20 em Ancara, na Turquia.

"Haverá uma intensificação da estratégica que colocamos, mas a estratégia que colocamos é a estratégica que, em última análise, irá funcionar", disse Obama a repórteres durante entrevista coletiva no final da cúpula do G20.

A estratégia norte-americana não é sobre retomar territórios, e sim mudar as dinâmicas que deram poder a "estes tipos de grupos violentos e extremistas".

"Este não é um oponente militar tradicional", disse. "Podemos retomar territórios e, enquanto mantivermos nossas tropas lá, podemos mantê-los, mas isto não resolve o essencial problema de eliminar as dinâmicas que produzem estes tipos de grupos violentos e extremistas", disse.

"Não é a sofisticação deles ou o arsenal particular que possuem, mas é a ideologia que carregam e a vontade de morrer", acrescentou.

A coalizão liderada pelos EUA tem intensificado os ataques aéreos nos territórios do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, tendo como alvo os líderes do grupo. Para Obama, entretanto, será preciso acabar com a guerra civil na Síria para recuperar territórios do Estado Islâmico.

O presidente americano também anunciou um reforço da troca de informações entre os serviços de inteligência de seu país e da França.

"Nós anunciamos hoje um novo acordo. Nós reforçamos as práticas através das quais compartilhamos as informações de inteligência e militares com a França", declarou Obama ao fim da cúpula do G20 na Turquia.

Retrocesso
Obama também disse que os ataques que ocorreram em Paris foram um terrível retrocesso na luta contra o Estado Islâmico, mas afirmou que houve progresso. Segundo ele, os líderes do Estado Islâmico não estarão seguros em nenhum lugar.

Temos que lembrar que muitos dos refugiados são as vítimas do terrorismo, por isso fogem. Fechar a porta em suas caras seria uma traição a nossos valores"
Barack Obama, presidente dos EUA

"Os eventos terríveis em Paris foram, obviamente, um retrocesso terrível e doentio. Mesmo em luto aos nosso amigos franceses, não podemos perder o foco de que houve progresso", disse.

O presidente americano afirmou ainda que fechar a porta para os refugiados após os ataques seria trair os valores americanos. Um dos suspeitos dos ataques, Ahmad Al Mohammad, identificado como um dos suicidas do Stade de France (Estádio da França), seria sírio e entrou na Europa pela Grécia em outubro, junto com um grupo de refugiados.

"Temos que lembrar que muitos dos refugiados são as vítimas do terrorismo, por isso fogem. Fechar a porta em suas caras seria uma traição a nossos valores", disse Obama.

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