Na Justiça

Deputado anuncia ação na Justiça por adiamento da eleição no PMDB

Hildo Rocha diz que chapa de Andrea Murad detectou desrespeito a prazos; Roberto Costa afirma que todas as etapas jurídicas foram cumpridas

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53
Hildon Rocha diz que data de votação deveria ser marcada apenas 45 dias (Hildo Rocha )

São Luís - A chapa “Renovar para crescer”, que tem a deputada estadual Andrea Murad como candidata a presidente, deve formalizar hoje dois pedidos para adiamento da eleição do Diretório Estadual do PMDB. A informação foi confirmada a O Estado pelo deputado federal Hildo Rocha, no fim de semana.

A eleição está marcada para o dia 30 de outubro, mas Andrea Murad, Hildo Rocha e seus correligionários alegam que o estatuto da legenda foi descumprido quando da convocação do pleito.

Segundo Rocha, a data de votação deveria ser marcada apenas 45 dias após a realização de encontro do Diretório Estadual. O parlamentar argumenta, contudo, que esse encontro não foi realizado.

“Vamos protocolar um requerimento no Diretório Nacional, pedindo intervenção no Maranhão, e outro na Justiça, pedindo o adiamento da eleição até que todas as exigências estatutárias sejam cumpridas”, declarou.

Ainda de acordo com o deputado, a direção local do partido apresenta a ata de uma reunião realizada em setembro, exatamente 45 dias antes da data de votação definida. Ele acrescenta, contudo, que, contrariando o estatuto, a convocação para esse encontro não foi publicada no Diário Oficial, e que os membros do diretório não foram pessoalmente comunicados da sua ocorrência.

“Descumpriram todos os prazos e agora aparecem com uma ata, para tentar maquiar um processo eleitoral antiestatutário”, completou.

Segundo o parlamentar, a chapa “Renovar para crescer”, que tem a deputada Andrea Murad como candidata a presidente estadual, deve protocolar na segunda-feira (26) ação na Justiça, pedindo a anulação do atual processo, cumprimento dos prazos e definição de nova data para a eleição.

Vamos pedir uma intervenção do Diretório Nacional no Maranhão, para que haja uma eleição dentro das regras estabelecidas pelo próprio partido”Hildo Rocha, deputado federal
Grave

Para a candidata Andrea Murad, é grave a suspeita de que a ata da reunião do Diretório Estadual possa haver sido montada. Ela ressaltou que a chapa “Renovar para crescer” defende apenas a abertura de prazo para que a campanha seja feita em igualdade de condições com a chapa “Ulisses Guimarães”, encabeçada pelo senador João Alberto, que tenta a reeleição.

“Todos, sem exceção, que eu consigo entrar em contato estão insatisfeitos com o partido e por isso demonstram total apoio à nossa chapa que realmente se propõe a trazer algo novo para o partido”, relatou Andrea Murad.

Em entrevista coletiva realizada ainda na sexta-feira, o ex-deputado Ricardo Murad também comentou o caso.

“É importante que se respeite o prazo que nós precisamos ter para fazer campanha. Nós queremos ter a oportunidade de ir aos diretórios, de ir aos convencionais apresentar as nossas propostas, pra depois disso ter eleição. Mas não pode ser: convocar a eleição no dia 20 [de outubro], com dois dias termos que apresentar chapa e com dez dias você ter que votar?”, questionou.

Roberto Costa defende lisura do processo

Aliado do senador João Alberto – candidato à reeleição para presidente do PMDB pela chapa “Ulisses Guimarães” -, o deputado estadual Roberto Costa reagiu às investidas da oposição partidária.

Em comunicado disparado à imprensa ele garantiu que “todas as etapas jurídicas foram cumpridas” antes da convocação da eleição para o Diretório Estadual.

Segundo o parlamentar, tudo foi feito “como manda o regimento do partido” e não há razão para a contestação do processo eleitoral.

“Não passa de factoide criado por Ricardo Murad que a eleição poderá ser adiada. Na verdade eles estão espalhando isso porque querem criar uma instabilidade em função de não ter conseguido o apoio da maioria dos diretórios”, afirmou o parlamentar.

O peemedebista ressaltou que os espaços do partido sempre estiveram abertos, nunca havendo impedimento para que fossem ocupados pelos que militam pelas causas do PMDB.

“A disputa faz parte da democracia e sempre fomentamos isso em nossas discussões. Por essa razão, não aceitaremos acusações de membros do partido que nunca fizeram militância partidária e que nem mesmo sabem onde fica o endereço da sede do partido”, pontuou.

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