Mensalão

Polícia Federal deve trazer Pizzolato da Itália sexta-feira

Quando chegar ao Brasil, o ex-diretor de Marketing do BB fará exames de corpo delito no IML de Brasília e será levado para Penitenciária da Papuda para cumprir o restante da pena de 12 anos e 7 meses por participação no escândalo do mensalão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
(o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato )

Roma - Uma equipe da Polícia Federal já está na Itália para transportar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para Brasília, onde ele deve chegar na sexta-feira,23. A expectativa do governo brasileiro é de que as autoridades italianas entreguem-no amanhã, 22. Caso isso se confirme, ele embarcará num voo de carreira para São Paulo na mesma noite e chegará em solo nacional na manhã do dia seguinte.

Da capital paulista, Pizzolato será levado num avião da PF para Brasília, onde fará exames corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), antes de seguir para a Penitenciária da Papuda, unidade em que cumprirá o restante da pena de 12 anos e 7 meses por participação no escândalo do mensalão.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão por receber R$ 327 mil do lobista Marcos Valério Fernandes de Souza. O dinheiro seria uma retribuição a decisão do ex-diretor de, junto com outros colegas, antecipar a liberação de dinheiro de um contrato de uma das empresas de Valério com o Banco do Brasil. A ordem de prisão do ex-diretor foi emitida em 15 de novembro de 2013. Mas, antes disso, ele já tinha fugido para a Itália.

Adiamento - Amanhã, 21, vencerá o prazo de 15 dias determinado pelo ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, para liberar o ex-diretor do Banco do Brasil à Polícia Federal.

Orlando comunicou o adiamento da extradição no último dia 6, data em que a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou o recurso de defesa de Pizzolato para que ele cumprisse pena na Itália.

A decisão do ministro italiano atendeu a pressões de senadores daquele país, que ingressaram com um requerimento de urgência cobrando explicações de Orlando. O ministro havia declarado à imprensa local que extradição era inevitável.

Há duas semanas, Pizzolato recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos com um pedido para suspender em caráter liminar e, depois, em definitivo a extradição. A Corte rejeitou a liminar e até o momento não deliberou sobre o mérito da questão. Com isso, a volta do ex-diretor ao Brasil depende apenas da decisão do governo italiano de transferir a custódia dele para a polícia brasileira.

Um dia depois do recurso de Pizzolato à Corte Europeia, o governo italiano suspendeu a viagem de volta do ex-diretor. Uma equipe com três policiais federais e uma médica já estava em Milão aguardando a liberação do ex-diretor quando recebeu a informação de que ele não seria liberado naquele momento. Agora, segundo uma autoridade que acompanha o caso, tudo indica que a extradição será mesmo concretizada.” Não há nada mais que impeça a volta dele”, disse.

Mais - A equipe de policiais federais encarregada de escoltá-lo na viagem da Itália ao Brasil é formada por um delegado, dois agentes e uma médica.

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