Dia delas

Avós contemporâneas são cada vez mais ativas

Gerenciar loja, praticar atividades físicas, viajar e compartilhar os cuidados com os netos são atividades cada vez mais comuns entre as mulheres hoje

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56
Rosângela Mariano e a neta, Gabi, com quem passa a maior parte do tempo depois da rotina de trabalho em loja da qual é franqueda (Rosângela Mariano)

IMPERATRIZ - Mal o dia amanhece e ela já está de pé. Logo cedo, Rosângela começa a rotina de exercícios que a prepara para a maratona de trabalho que enfrenta diariamente. Ela não para! Confirma as viagens da semana, autoriza pagamentos, controla estoque e comanda, sozinha, as mais de 15 lojas da rede O Boticário, da qual é franqueada em Imperatriz e outras oito cidades. Mas, seu compromisso favorito são as horas ao lado da pequena Gabriela, sua neta de sete anos.

Quando você escuta a palavra avó, provavelmente a primeira imagem que lhe vem à cabeça é de uma senhora idosa, meiga, de cabelos brancos, sentada em uma cadeira de balanço fazendo tricô. Acredite, isso é coisa do passado! Assim como Rosângela, milhares de brasileiras fazem para da geração que desenhou uma nova imagem das vovós. Na atualidade, elas vão para a universidade, trabalham e são donas dos próprios narizes. Hoje, 26 de julho, Dia da Avó, o Dom homenageia todas as vovós maranhenses e conta a história de Rosângela Mariano, empresária e avó.

Descobrir que vai ser avó costuma ser um susto para a maioria das mulheres, afinal durante anos essa fase da vida esteve associada à velhice. Mas a precipitação da maternidade tem alterado o fluxo social das coisas. Avós jovens, mães mais jovens ainda. “Para nós foi um susto muito grande ter de lidar com a notícia da gravidez no primeiro instante. Mas tudo acontece com a permissão de Deus. Hoje, Gabi é o motivo de maior felicidade de nossas vidas. Tudo gira em torno dela. Nossa família é mais unida, nossas viagens mais divertidas. Ela é nossa alegria de viver!”, conta a vovó coruja.

No dia 8 de janeiro de 2007, Gabriela veio ao mundo após um parto cesariana tranquilo. Apressadinha, a pequena surpreendeu a todos durante a viagem de férias da família à Goiânia. Com nascimento previsto para o fim do mês, todos os planos foram modificados e Gabi nasceu na capital goiana, pesando 3.490kg. A vovó Rosângela acompanhou todos os momentos que antecederam o parto e disse sentir a maior emoção da sua vida naquele instante. “Você ver um neto nascer é algo inexplicável! É sem dúvidas a maior emoção da vida de uma mulher. É como ver o amor brotar em sua mais infinita e singela essência. É um amor tão grande, que chega a doer no peito”, ela lembra emocionada.

Aprendizado - Ser avó é uma questão de aprendizado. Aos 46 anos Rosângela ainda lida com dilemas do ser avó. “Nós nos sentimos responsáveis por tudo, algumas vezes passamos por cima das decisões dos nossos filhos, por achar que eles são inexperientes e nós é quem devemos cuidar deles. Afinal, os netos são filhos de nossos filhos e para nós, os filhos são sempre crianças”, ela conta.

Para a psicóloga e professora da Estácio São Luís, Waleska Barros, a convivência entre filhos e avós é de fundamental importância para o desenvolvimento das crianças. “As melhores lembranças de algumas crianças estão atreladas a presença dos avós. Em geral, são momentos ternos, alegres e de uma aprendizagem sem igual”, ressalta.

A psicóloga ainda afirma que “se ser mãe é padecer no paraíso, então ser avó é fazer hora extra no parque de diversões. Em sociedades como a nossa, onde os vínculos familiares ainda são muito fortes, as avós tem esse papel de cuidadoras. Pelo instinto materno despertado novamente, muitas delas tendem a criar pelos netos um vínculo de amor e cuidado às vezes até maior que pelos próprios filhos. Ser avó é exatamente isso: ser mãe duas vezes”, afirma, feliz e orgulhosa.

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