Aquecimento global, aumento do nível dos mares e a desertificação de algumas áreas são algumas das consequências provocadas pelas mudanças climáticas, que foi o tema de um fórum realizado na manhã de ontem na Assembleia Legislativa, em São Luís. Na capital maranhense, o aumento da temperatura e a diminuição do índice pluviométrico são consequências diretas das mudanças no clima.
Por conta das ações humanas, observamos que está havendo uma aceleração do processo de mudanças climáticas”André Ferrati, especialista em mudanças climáticasAs discussões sobre a temática foram realizadas durante o Fórum Maranhense de Mudanças Climáticas, que reuniu representantes do poder público e da sociedade civil organizada. Durante o evento, as causas e consequências das alterações no clima foram discutidas pelos participantes, assim como as formas de minimizar os impactos negativos causados por essas mudanças.
Estudos mostram que as mudanças climáticas são consequência direta das atividades humanas, causadas principalmente por emissões da queima de combustíveis fósseis, agricultura e processos relacionados ao desmatamento e às mudanças no uso do solo.
Essas mudanças podem gerar eventos de grande impacto para a sociedade como aumento do nível do mar, secas, chuvas intensas, inundações, ondas de calor entre outros problemas. Tais impactos geram consequências para todas as populações do mundo, em especial as de cidades mais pobres e vulneráveis, ameaçando ecossistemas naturais e habitat em áreas urbanas e rurais.
“Está havendo uma desregulação do clima e isso causa eventos como enchentes, vendavais, tempestades entre outros, que sempre ocorreram, mas estão acontecendo com uma frequência e intensidade maiores, causando prejuízos econômicos, sociais e ambientais cada vez maiores”, disse André Ferrati, especialista em mudanças climáticas que participou do evento ontem.
Ele afirmou também que as consequências negativas desses problemas são maiores para as comunidades carentes. “As comunidades carentes são as mais afetadas, pois são as que menos têm condições de se adaptarem a essas mudanças e as necessidades básicas delas são afetadas como saúde e moradia, por exemplo.”, destacou.
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Capital – De acordo com estudos do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), São Luís vem registrando um aumento de temperatura e uma redução do índice pluviométrico se comparado com os últimos anos, situações causadas principalmente pelo crescimento urbano desordenado dentro da capital maranhense.
De acordo com núcleo, os grandes prédios, principalmente aqueles construídas às margens da orla marítima da cidade, fazem uma espécie de barreira e impedem a circulação dos ventos, contribuindo para a elevação da temperatura e diminuição da quantidade de chuvas.
A emissão de gases poluentes pelos veículos, como o gás carbônico (CO2), também contribui para a elevação da temperatura da cidade. Hoje, a frota de automotores circulantes em São Luís é de 355.785 veículos (conforme estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão - Detran) e essa grande quantidade é responsável por intensificar o problema.
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Outra consequência em São Luís do aumento da temperatura e a redução do índice pluviométrico é a diminuição do nível do Reservatório do Batatã, que abastece grande parte dos bairro da Região Metropolitana de São Luís. De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o Batatã opera hoje bem abaixo da sua capacidade atual. Além disso, a queda da produção do setor hortifrutigranjeiro e o desconforto térmico também são consequências do aumento da temperatura na cidade.
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