Paulinho da Viola solta a voz na Ilha

Sambista faz show com repertório que passeia por sucessos que marcaram seus 50 anos de carreira, celebrados este ano.

Atualizada em 11/10/2022 às 13h12
Divulgação (T)

O samba genuíno do carioca Paulinho da Viola, um dos maiores sambistas brasileiros, vai ecoar hoje, às 21h, no Patrimônio Show (Praia Grande), quando o artista fará única apresentação na capital maranhense. O show integra a turnê que celebra, em 2014, 50 anos de carreira do cantor.

E por se tratar de um show comemorativo, o repertório vem recheado de clássicos que marcaram gerações. No roteiro uma coletânea de sambas assinados por bambas como Cartola, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, Wilson Batista e Geraldo Pereira.

Assim, o show é um apanhado do seu amplo repertório de tantos anos, que vai se recriando a cada apresentação. Composições de autoria do artista como Tudo se Transformou, Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida e Timoneiro (parceria dele com Hermínio Bello de Carvalho) entre outras, estarão no show.

Para acompanhá-lo, o sambista reuniu um time de músicos de primeira linha e que o segue há algum tempo. Trata-se de Cristóvão Bastos (piano), Mário Sève (sopros), Dininho Silva (baixo elétrico), Celsinho Silva e Marcos Esguleba (percussão), Hércules Nunes (bateria), além de seus filhos João Rabello (violão) e Beatriz Faria (vocal).

Por onde se apresenta, Paulinho da Viola atrai um grande público. Em janeiro deste ano, por exemplo, cerca de 12 mil pessoas foram à Praça da República, em São Paulo, para ver o seu show, uma das principais atrações da festa de aniversário da cidade.

O talento de Paulinho da Viola vem de berço. Ele é filho do violonista e chorão César Faria, do conjunto Época de Ouro. Desde cedo, já participava das rodas fazendo e mostrando suas canções de uma maneira bem particular, com uma elegância que já lhe valeu o título de Príncipe do Samba.

Mistura – A música de Paulinho da Viola é fruto de encontros e fusões. Nela é possível encontrar estética e sofisticação da classe média da zona sul do Rio de Janeiro dos anos 1950 e 1960, bem como a vibração dos subúrbios cariocas. Esta mistura resultou em uma forma que atravessa o tempo sem alterar sua essência.

As composições de Paulinho da Viola surgem em forma de sambas, choros e experimentações, sendo que o samba é a forma principal, maternal do artista. O choro é a forma herdada do pai, um sofisticado estilo instrumental, quase erudito. Já a experimentação surgiu para atender ao desejo de dar vazão a um sentimento de busca por novas formas, traço comum do artista.

Paulinho da Viola começou sua carreira participando de shows e festivais de música popular. Premiado, o músico de 71 anos tem também a comenda da Ordem do Mérito Cultural, recebida em 2001, do governo brasileiro, e tem o título de Chevalier de l'Ordre des Art et des Letters, dado pelo governo francês em 1985.

Assista ao clipe do cantor na versão digital de O Estado.

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