Dois assuntos se destacam nesta edição. O primeiro é a resposta que o Sistema de Segurança Pública, que reúne as Polícias Militar e Civil, preparou para a ousada e covarde ação de bandidos contra coletivos e cidadãos na noite de sexta-feira. E a entrevista concedida pela governadora Roseana Sarney (PMDB) a uma equipe de O Estado no dia 30 de dezembro, na qual ela destaca avanços do seu governo e mostra que o Maranhão é muito maior do que as ações criminosas que atingem os cidadãos.
A ação dos bandidos surpreendeu. Como agem os covardes, eles chegaram armados, interceptaram coletivos, ameaçaram as pessoas e atearam fogo nos veículos. Em dois casos, cidadãos, e até crianças, foram alcançados pelas chamas e levados às pressas para hospitais. Felizmente, não houve fatalidades. A reação da polícia foi imediata, mas sem o resultado que todos querem: a prisão dos bandidos. O serviço de inteligência, porém, em questão de horas, levantou pistas que levaram seus agentes para onde as decisões foram tomadas e, mais que isso, quem as tomou. Desde então, uma ampla operação está em curso e, segundo o secretário Aluísio Mendes (Segurança Pública), a prisão dos facínoras é questão de tempo.
Chama a atenção o fato de que o levantamento da polícia indica que alguns dos criminosos que tentaram aterrorizar São Luís na noite de sexta-feira são parte dos 70, parte de um grupo de 300 presos que ganhou liberdade para passar o Natal com a família e não retornou. Essas informações certamente facilitarão a prisão dos grupos que atuaram sob as ordens de chefões trancafiados.
Não surpreende a decisão dos rodoviários de suspender a circulação de ônibus a partir das 18h. Afinal, eles são vítimas potenciais desses criminosos, e é natural que tomem suas precauções. Por outro lado, o apelo da cúpula da polícia e a necessidade da população trabalhadora para manter o serviço. Se é justa a sua tomada de decisão, é justa também a manifestação de quem trabalha a favor do transporte público.
No outro extremo, numa entrevista franca, a governadora Roseana Sarney faz um balanço alentado do seu governo em 2013. Ela se declara otimista e segura de que está fazendo o máximo que pode dentro das condições do Governo do Estado. E avalia que o Maranhão está bem estruturado para dar o grande salto em matéria de desenvolvimento econômico e social. Na educação, destaca o Estatuto do Magistério como a maior conquista, porque dá as condições para que os professores se dediquem como devem. O mesmo acontece na saúde, como programa hospitalar; na segurança com os investimentos na polícia - incluindo equipamento e aumento de efetivo; e na infraestrutura, com o maior programa rodoviário da história do Maranhão, que interligará todas as sedes municipais por asfalto. No campo econômico, são inúmeras as conquistas.
Sem restrições nem rodeios, a governadora admitiu problemas no sistema de presídio, mas relatou as causas, apontando a principal delas a burocracia federal, que atropelou a construção de presídios projetados há anos. Mas garantiu que as providências estão em curso e criticou a maneira como a comissão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vistoriou Pedrinhas, incluindo no seu relatório um vídeo de violência que nada tem a ver com a penitenciária. E afirma: "Não houve estupro em Pedrinhas", enfatizando que as mudanças recentes no sistema inibiram mais violência.
Uma boa leitura.
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