As nossas ações são fundamentais para que tenhamos uma vida feliz, equilibrada, com inteligência emocional, sanidade mental e paz. Somos o resultado imediato do modo como agimos, pois as ações de cada um é que determinam como será a sua vida.
Mas tão importantes quanto as nossas ações são as nossas reações. A forma como respondemos a tudo que nos acontece acaba ditando os nossos sonhos, o modo como nos enxergamos, e as nossas vontades.
Mas, infelizmente, quase sempre reagimos de modo incorreto, com espÃrito de vingança, de revanchismo, de ira, com uma sede de revide que só nos empobrece a alma e o coração, e nos enche de sentimentos ruins.
É incrÃvel como quando insultados ou agredidos por alguém somos levados a revidar, a dar o troco, e a responder com agressividade, com ódio nos olhos.
O pior é que nos orgulhamos disso, e dizemos: "ai de quem mexer comigo, pois reajo no mesmo tom", como se isso nos fizesse melhores do que os outros.
E essa reação nem sempre é de caso pensado. É que temos mesmo um instinto de "pagar na mesma moeda", de devolver o mal que alguém nos causa, de responder à altura.
Mas a verdade é que esse comportamento de revanchismo acaba nos fazendo um mal enorme, quase imperceptÃvel aos nossos olhos, cegos e sedentos de vingança, muitas vezes maior do que aquele que causamos ao outro quando reagimos.
É que cultivar dentro de nós esse ódio, essa raiva, essa mágoa, nos adoece, nos entorpecem os pensamentos, e nos faz perder o melhor da vida. Nutrir ódio por uma pessoa é como tomar veneno e esperar que a outra morra.
Ainda que na hora não consigamos enxergar outra forma de reagir, existe, sempre, uma opção diferente pra cada acontecimento da vida.
Ao invés de nos deixar levar pelo nosso instinto de revanchismo, devemos procurar agir conforme os pensamentos de Cristo, que nunca permitiram que desejasse mal a qualquer um dos seus malfeitores, ainda que tenham lhe ofendido bastante o corpo, a honra e o espÃrito.
Reagir como Cristo é um desafio imenso, mas que está ao nosso alcance. Por que pensamos que por sermos humanos não podemos ter atitudes nobres, de desprendimento, de perdão e de bondade? Você já percebeu como sempre tentamos justificar os nossos erros por sermos humanos? Dizemos: "Eu não pude evitar, afinal, sou humano". Mas por que pensarmos que o fato de sermos humanos nos leva apenas a agir de modo cruel e egoÃstico? Por que a nossa condição de humanos não pode nos inspirar a agir conforme os ensinamentos e altos pensamentos de Cristo?
Somos humanos, e filhos de Deus. Podemos e devemos nos inspirar no seu filho, Jesus. E como agia Cristo?
Diante das mais injustas agressões que sofreu, Cristo, do alto da sua santidade, dizia: "Eu posso orar por aqueles que me perseguem. Eu sou o amor, e nada pode mudar isso. Eu posso cuidar daqueles que atentam contra a minha vida. Eu sou o amor, e nada pode mudar isso. Eu posso abençoar aqueles que me amaldiçoam. Eu sou o amor, e nada pode mudar isso".
Quando oramos pelos que nos perseguem purificamos o nosso interior, e somos invadidos por pensamentos elevados. Não nos deixamos contaminar pelo ódio, pela ira e pela vingança. Ninguém consegue viver bem enquanto alimenta o desejo de um mal a outra pessoa. O mal acaba revertendo para si próprio.
Eu sei que não é fácil reagir como Cristo, mas é algo que está ao nosso alcance. Mesmo com toda a falibilidade que nos é caracterÃstica, devemos procurar reagir como Ele, e orar por aqueles que nos perseguem, afinal, nós somos o amor, e nada pode mudar isso.
Advogado, conselheiro da OAB/MA, MBA em Direito Tributário, especialista em Direito Constitucional, Direito Civil e Processo Civil
E-mail: alexmurad@uol.com.br
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