Caps de Timon recebeu este ano 40 pacientes

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas trata de dependentes químicos.

Atualizada em 11/10/2022 às 13h25

Timon - Washington Sousa, 58 anos, foi dependente de álcool por mais de 25 anos. Em 2008, ele se submeteu a tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD) de Timon. Depois de um ano e seis meses de tratamento, foi absorvido pelo centro e hoje é porteiro do órgão.

"Se eu não tivesse procurado ajuda no Caps não estaria mais aqui. De vez em quando eu fraquejo, mas procuro o doutor para conversar e fica tudo bem novamente", comentou o animado porteiro, dizendo que, mesmo depois de parar de ingerir bebida alcoólica, continua em plena forma física.

Histórias como a de Washington são comuns, não pelo sucesso, mas pelo tempo de dependência química. Segundo a coordenadora do Caps-AD, Janaína Santos, tratar a dependência química é difícil porque a vontade do paciente em querer deixar o vício é um fator determinante para o sucesso ou não do tratamento.

Este ano, o Caps-AD recebeu 40 novos pacientes. A média mensal de atendimentos é de 590 pessoas. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas de Timon está classificado como tipo II, pois funciona em dois turnos (manhã e tarde) e dispõe de equipe multidisciplinar formada por psiquiatra, psicólogo, enfermeiros, assistente social, educador físico, terapeuta ocupacional, artesão e clínico-geral.

Triagem - Para ingressar no Caps-AD, o paciente passa por uma triagem para que seja definido o esquema de tratamento mais adequado.

O paciente então cumpre três etapas: intensivo, quando o paciente vai ao centro todos os dias; semi-intensivo, quando o dependente químico passa a frequentar o Caps três vezes por semana, e externo, quando o portador da doença passa a buscar o órgão apenas de 15 em 15 dias.

"Cada uma dessas etapas corresponde a três meses. O tratamento completo se estende por nove meses. Aqui o paciente recebe atenção integral, incluindo alimentação", explicou a coordenadora.

Os pacientes que precisam passar por processo de desintoxicação antes de ingressar no Caps são encaminhados para o Hospital do Parque Alvorada, que dispõe de leito para dependente químico, como determina a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS). Todo Hospital Geral tem de reservar 10% do número de leitos para a saúde mental.

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas também adota a política de redução de danos. O paciente que é diagnosticado com um grau muito elevado de dependência e não aceita fazer o tratamento regular recebe orientações, principalmente sobre o compartilhamento de material.

"Pacientes com alto grau de dependência apresenta doenças sexualmente transmissíveis ou outras morbidades. Nesses casos, orientamos e entregamos preservativos", disse Janaína Santos.

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