Desde segunda-feira (27), a advogada Anna Graziella Santana Neiva Costa assumiu a presidência da Fundação da Memória Republicana Brasileira, situada no Convento das Mercês, na Rua da Palma, Centro Histórico de São Luís. A fundação está passando por um processo de modernização e, até janeiro de 2013, além de museu, passará a ser também um centro de estudos, pesquisas e eventos educacionais e de cultura disponibilizando seu acervo a estudantes e pesquisadores de todo o país.
Com mais de 40 mil itens entre documentos históricos, objetos de arte e obras literárias raras, o acervo da antiga Fundação José Sarney foi completamente doado ao Governo do Estado do Maranhão em 2011 e, conforme a lei estadual nº 9.650, de 27 de julho de 2012, ele passou a compor o acervo da Fundação da Memória Republicana Brasileira, entidade vinculada à Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A coleção conta uma parte importante da história política do Brasil, os anos de 1985 a 1990, caracterizados pela consolidação da democracia brasileira.
Anna Graziella Santana Neiva Costa, que já foi conselheira da Ordem dos Advogados do Maranhão (OAB-MA), assumiu o cargo desde a publicação da lei estadual nº 9.650, de 27 de julho de 2012, no Diário Oficial do Estado do Maranhão, que regulamenta a criação da entidade. Ela ficará no mandato até dezembro de 2014. A diretoria da fundação é composta ainda por um conselho deliberativo formado pelos secretários de Estado da Educação, Cultura, funcionários da fundação e representantes de outros órgãos e entidades do Estado.
Centro - Ela afirmou que o principal desafio da sua gestão é transformar a fundação em um centro de atividades culturais, educacionais e que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do estado. "Queremos que a fundação seja mais que um museu. É preciso que ela se torne parte da vida social e cultural da cidade, sediando mostras, palestras e cursos que formem novos cidadãos e que valorizem mais a cultura local", disse.
Todo esse acervo será colocado à disposição de alunos, pesquisadores e o público em geral. Uma das formas adotadas pela nova diretoria é a digitalização de todos os documentos guardados na entidade para que sejam acessados via internet. "Temos todo o acervo da fundação catalogado. Portanto, quem chegar aqui a qualquer momento não terá problemas em acessar qualquer item, mas temos que aproximar essa coleção do público e a digitalização é uma forma moderna e dinâmica de fazer isso", informou a presidente da fundação.
Documentação - Anna Graziella Santana Neiva Costa explicou que já fez contato com a empresa que está digitalizando toda a documentação da Presidência da República e, como o trabalho está sendo feito por meio de uma licitação aberta, há a possibilidade de adesão a ata, o que aceleraria o trabalho. "Temos uma série de trâmites legais a serem cumpridos, pois a fundação é uma entidade pública, mas acreditamos que até novembro teremos fechado a licitação com a empresa que realizará os trabalhos. Este contato que já fizemos é uma das nossas possibilidades", explicou.
A expectativa da nova diretoria da Fundação da Memória Republicana Brasileira é que a entidade esteja reestruturada até janeiro de 2013, estando com todo o seu material digitalizado e com as instalações preparadas para receber eventos como congressos, palestras e cursos. "A fundação dispõe de três grandes auditórios, que podem ser usados também como salas para exposições temporárias. Por isso, iremos buscar parcerias com empresas privadas e instituições de ensino que nos possibilitem promover essas atividades que, além de formarem novos cidadãos, farão um resgate da história e cultura maranhense", afirmou.
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