Saúde pública

Atualização da vacinação de crianças ocorre neste sábado

Campanha se estende até dia 24 em 34 mil posto de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Maurício Araya Imirante

Atualizada em 11/10/2022 às 13h37

SÃO LUÍS – Começa, neste sábado (18), a campanha de atualização da caderneta de vacinação das crianças, ação que tem como objetivo a melhoria da cobertura vacinal do público infantil. A campanha se estende até o dia 24 de agosto e será realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país. Mais de 350 mil profissionais de saúde participam da ação.

No "dia D" da campanha – sábado –, serão oferecidas ao público-alvo – crianças com menos de cinco anos de idade, ou seja, 14,1 milhões em todo o país – as vacinas do calendário-básico: BCG, hepatite B, pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras doenças bacterianas), Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Vacina Oral Poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). As crianças devem ser levadas a um posto de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) mais próximo – ao todo são 34 mil –, onde a caderneta de saúde será avaliada e o esquema vacinal atualizado conforme a situação encontrada.

De acordo com a infectologista Maria dos Remédios Branco, crianças de outras faixas-etárias podem, também, comparecer aos postos de vacinação. "A meta é atingir crianças menores de cinco anos que estejam com o calendário (de vacinação) atrasado, por isso é muito importante a atualização do calendário dessas crianças. Outra questão é a incorporação de vacinas novas, como a da pólio inativada, uma vacina que é mais cara, injetável e mais segura, e a incorporação da vacina chamada 'pentavalente', o que diminui o número de injeções que a criança toma", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta quinta-feira (16).

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Sobre a vacina inativada contra a poliomielite – injetável –, a infectologista explica que essa é a forma mais segura de vacinação. "A vacina da pólio oral pode provocar a doença. A inativada não. Não há o risco no Brasil. Só há vacinação em função do risco encontrado em outros países, como Afeganistão e Paquistão, que são áreas endêmicas, já que o vírus pode ser reintroduzido no país. Então, não tem sentido o Brasil continuar com a vacinação oral, que tem algum risco, quando, na verdade, o risco da doença foi eliminado no país. O Brasil tinha que entrar, mesmo, com a vacina inativada, que é mais segura", esclarece.

Durante a campanha, será feita, também, a distribuição da vitamina A, estratégia que faz parte da ação "Brasil Carinhoso". Serão priorizados os Estados das regiões Norte e Nordeste, e municípios de Minas Gerais, totalizando 2.434 cidades. A falta da vitamina pode causar doenças como diarreia, pneumonias e infecções pulmonares.

Para a operacionalização da campanha, foram disponibilizados R$ 18,6 milhões, transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais.

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