A Maternidade Marly Sarney será oficialmente reconhecida pelo Ministério da Saúde como Referência Estadual na utilização do Método Canguru, um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso (ou seja, bebês abaixo de 2,5 kg). Por conta disto, será realizado hoje, amanhã e sexta-feira, nas dependências da maternidade, na Cohab, o curso Sensibilização ao Método Canguru.
O curso será destinado a 40 profissionais da saúde que atuam em UTIs neonatais de maternidades da rede estadual em São Luís, Bacabal, Codó, Açailândia e Barra do Corda. "Nossa intenção é destacar a política de atenção humanizada para bebês de baixo peso que normalmente vão para as UTIs e que podem ser beneficiados com a utilização do método", destacou Marivanda Goudar, responsável pelo Método Canguru na Maternidade Marly Sarney e uma das organizadoras do curso.
Entre os profissionais que participarão do curso estão médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. Durante os três dias de curso, serão discutidos temas como a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso do Ministério da Saúde; Benefícios do Método Canguru para os Bebês; Como o método alivia o estresse e as dores do recém-nascido; A importância do envolvimento da família no processo e A relação do cuidador com o bebê.
O curso é uma realização da Secretaria de Estado de Saúde em parceria com o Ministério da Saúde e será ministrado com o apoio de técnicos do Hospital Universitário Materno Infantil, que é um Centro de Referência Federal no Método Canguru.
Além da Marly Sarney, o Complexo Materno Infantil - formado pela Maternidade Benedito Leite e o Hospital Infantil Juvêncio Matos - e o Hospital Regional Materno Infantil, em Imperatriz, são unidades da rede estadual que também implantaram o Método Canguru. "Com o curso, queremos estimular hospitais de outros municípios a adotarem o método, e para isso estamos investindo neste processo de sensibilização", disse Marivanda Goudar.
Método - A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso parcialmente desnudo na posição vertical contra o peito do adulto. Reconhecida pelo Ministério da Saúde como política fundamental de atenção ao recém-nascido prematuro, o método foi instituído na Maternidade Marly Sarney há dois anos.
Só são considerados como Método Canguru os sistemas que permitam o contato precoce, realizado de maneira orientada, por livre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhado de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada.
Podem participar do Método Canguru gestantes com situações clínicas ou obstétricas com maior risco para o nascimento de crianças de baixo peso; recém-nascidos de baixo peso, desde o momento de admissão na Unidade Neonatal até a sua alta hospitalar; mães e pais de bebês com baixo peso.
De acordo com Marivanda Goudar, o tempo de aplicação do método se dá, geralmente, desde o ingresso do recém-nascido na UTI até o momento em que ele atinja e/ou ultrapasse os 2,5kg.
A posição canguru foi idealizada na Colômbia em 1979 para diminuir a mortalidade neonatal elevada naquele país. A ideia era a de que a colocação do recém-nascido contra o peito da mãe promoveria maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras, permitindo alta precoce, menor taxa de infecção hospitalar e, consequentemente, melhor qualidade da assistência com menos custos para o sistema de saúde.
No Brasil, o Ministério da Saúde, em junho de 1999, criou a norma de atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso. Em 2000, instituiu a implantação do método nas maternidades de referência em gestações de alto risco.
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