No terceiro dia de ocupação do Morro do Zé Bombom, no bairro Coroadinho, a Polícia Civil constatou que o ex-policial civil Herculano Barros dos Santos, de 54 anos (preso em fevereiro deste ano por determinação da Justiça), ainda comanda o tráfico de drogas naquela comunidade. A informação foi dada pelo delegado titular do 10º DP, Jéferson Portela, que está à frente dos trabalhos de combate à ação dos grupos de traficantes rivais que, em conflito, promoveram a morte de duas pessoas no último fim de semana.
"Herculano foi preso, mas deixou no comando do tráfico seus dois filhos: Artur Mota dos Santos, o Bonzinho, de 18 anos; e Aurélio Mota dos Santos, de 24, que na época foram presos com o pai, com 1 kg de maconha. Além de responsáveis pelos crimes naquela comunidade, os dois irmãos recebem orientações do pai, mesmo este estando preso em Pedrinhas", revelou Portela, que preferiu não dar mais detalhes sobre a investigação.
Durante as primeiras horas da manhã de ontem, uma equipe de policiais civis voltou a circular pelas ruas do alto do morro, em apoio ao patrulhamento da Polícia Militar, já constante desde segunda-feira, 10, início do conflito. Nesta nova incursão, a polícia, entretanto, não encontrou nenhuma pista dos traficantes. As barreiras montadas pelos PMs na entrada da comunidade permanecem fiscalizando transeuntes e condutores de veículos.
Ocupação - A ocupação do Morro do Zé Bombom aconteceu no início desta semana, após a morte do traficante Hugo Roberto Ribeiro Franco, conhecido como Olhão, de 22 anos – inimigo do grupo agora liderado por Bonzinho -, e da comerciante Maria das Dores Costa Mota, de 53 anos, que teria parentesco com o ex-policial civil Herculano dos Santos. Olhão, de acordo com a polícia, foi assassinado a tiros, após tentar saquear uma boca de fumo do lado inimigo.
A comerciante, por sua vez, foi morta por aliados de Olhão, oriundos da Vila dos Frades, que a teriam avistado na porta de seu estabelecimento, na Rua Dom Pedro II, e resolveram vingar de alguma forma a perda do cúmplice. Terça-feira, 11, a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) identificou boa parte do grupo formado por traficantes de drogas rivais que promoveu a guerra do tráfico na localidade e solicitou à justiça ordens de prisões.
Os pedidos foram remetidos às 1ª e 7ª Varas Criminais. Segundo já apurou a polícia, no Morro do Zé Bombom podem estar escondidas armas em farta quantidade, que interessam aos traficantes foragidos. Entre o grupo formado por cerca de 10 traficantes, dois já tiveram seus os nomes divulgados pela polícia, sendo eles Paulo Henrique Pereira Silva, conhecido como Tróia ou Gangão, de 19 anos; e seu irmão, Wilson Silva Pereira, o Tinho, de 23.
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