Clube Lítero vai a leilão em outubro

Atualizada em 11/10/2022 às 14h23
(T)

Entre os anos 80 e 90, ele viveu o auge das festas de Carnaval e das competições esportivas de fim de semana. Hoje vive apenas das glórias do passado e das dívidas acumuladas através dos tempos. No ano em que comemora 78 anos de existência, o Grêmio Lítero Recreativo Português terá que se desfazer do maior patrimônio para não acabar. A sede social do clube no Anil, um local com área de 62 mil m², com 7,8 mil m² edificados, terá que ir a leilão para solucionar uma dívida que hoje chega a quase R$ 1 milhão.

O edital do leilão já foi publicado e ele acontecerá no dia 2 de outubro, às 10h, no próprio salão de eventos do Lítero. Pelo edital, o valor mínimo de venda do imóvel, construído em 1953 e que tem salão de esportes, piscinas, sauna, salão de festas, camarim, bar, cozinha, almoxarifado, campos de futebol, futsal, tênis e uma sede administrativa, é de R$ 7 milhões.

De acordo com o presidente do Lítero, Osvaldo Barros dos Santos, a medida foi a única saída para que o clube não fosse extinto. A decisão de levá-lo a leilão foi tomada em assembléia com os sócios-proprietários há aproximadamente três meses. "É uma situação difícil. Ou nós vendíamos aquela sede, ou o Lítero poderia ser tornar um Jaguarema", declarou Osvaldo Barros do Santos.

Apesar da importância história e da imponência do clube, com o tempo a sede do Anil tornou-se uma espécie de "elefante branco", diante do afastamento da maioria dos sócios do Lítero, contribuindo também para elevar o índice de inadimplência do clube. O grêmio recreativo tem hoje 1.874 sócios-proprietários e outros dois mil sócio-contribuintes. Mas, apesar disso, apenas 400 estão adimplentes. "Para a nossa realidade, os custos de manutenção são muito altos. Além disso, desde quando ele foi construído, nunca houve uma grande reforma. Isso apenas agravava os problemas", explicou Osvaldo Barros.

Com a venda do clube em outubro, a intenção dos sócios-proprietários é construir uma outra sede, mais enxuta, e dividir a parte administrativa da social. Apesar da venda da sede do Anil, o clube ainda mantém um prédio no Centro, que deverá servir como sede administrativa.

A esperança agora dos sócios do clube é que, com a nova sede, o Lítero possa reviver os tempos de glória do passado, quando abrigava importantes festas e competições esportivas e chegou a receber visitas importantes como a dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor de Melo. "Nós sócios temos um carinho muito grande pelo Lítero. Eu, por exemplo, lembro das competições esportivas e até de shows, como o de Waldick Soriano, por exemplo", lembrou Barros.

Outra sede

Nova sede social deverá ser construída no Araçagi ou no Olho d'Água. Os recursos devem vir diretamente da venda da antiga sede. "Precisamos de um local menor, mais próximo da nossa realidade. Um local com uma piscina, uma quadra de esportes coberta, um campo de futebol. Algo mais parecido com a estrutura de um centro de treinamento e que seja mais fácil de manter", projetou o presidente do Lítero.

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