Depois de confessar, na noite de terça-feira, ser o mandante do assassinato de sua esposa, Raimunda Maria da Costa Medeiros, a Raimunda César, o prefeito do município de Senador Alexandre Costa, Valdecir César Menezes, teve sua prisão preventiva decretada na tarde de ontem pelo desembargador Milson Coutinho, do Tribunal de Justiça, e foi apresentado por seu advogado na Gerência de Segurança Pública.
Valdeci Menezes chegou à Gerência de Segurança por volta de 17h30, acompanhado ainda de seu filho, de apenas 12 anos, e do advogado Paulo Cruz. Depois de uma rápida conversa com o gerente Raimundo Cutrim, o prefeito, agora licenciado, foi levado à Delegacia Geral, onde foi cientificado de sua prisão preventiva.
Em seguida, Valdecir Menezes foi conduzido ao quartel do Corpo de Bombeiros, já que, por se tratar de prefeito, mesmo que licenciado, tem o benefício de prisão especial, conforme explicou o delegado geral, Nordman Ribeiro.
Vergonha – Em depoimento prestado na Superintendência de Polícia Civil do Interior, na noite de terça-feira, Valdecir Menezes confessou ter sido o mandante do assassinato de sua esposa. Ele alegou que teria motivos passionais para cometer o crime.
O prefeito frisou que já não vinha se entendendo com a esposa e tinha vergonha até de andar com ela, que insistia para estar sempre a seu lado, em público.
Outra razão para os constantes desentendimentos seria a insistência de Raimunda César para que ele lhe desse uma das duas fazendas que possuía, a Galatéia. O prefeito tem ainda oito imóveis e quatro carros e, caso houvesse separação judicial, teria que dividir tudo com a mulher.
Preço – Para executar a esposa, o prefeito contratou os serviços do acadêmico do curso de Direito da Universidade Brás Cubas, de São Paulo, Oscar Abreu de Alencar, de 42 anos, com quem manteve negócios anteriormente.
Segundo consta nos autos do inquérito, Oscar Abreu foi candidato a vereador do então povoado de Espírito Santo, que atualmente é o município de Senador Alexandre Costa. Foi nesta época que os dois se conheceram.
Consta ainda que Oscar Abreu havia vendido carros roubados a Valdeci Menezes em 1996 e, por conta disso, ficou com uma dívida de R$ 10 mil com o prefeito, nunca paga. Pelo serviço contratado e cumprido em 2 de julho, acadêmico recebeu R$ 6,5 mil, em duas parcelas de R$ 2,5 mil antes da execução e outra de R$ 1,5 mil, após a morte da primeira-dama. Os valores foram depositados em conta corrente. No total, o valor do "serviço" teria sido de R$ 16,5 mil, pois a dívida do carro teria ficado quitada.
No dia do crime, a polícia já tem conhecimento de que Oscar Abreu entrou na casa do prefeito pela porta dos fundos. A chave desta porta, o próprio Valdecir Menezes lhe entregou no dia anterior, no município de Presidente Dutra.
A polícia tem até o dia 31 de agosto para concluir o inquérito, que já foi prorrogado por solicitação do delegado que preside as investigações. Valdecir Menezes deve aguardar a conclusão do inquérito e processo recolhido no Quartel do Corpo de Bombeiros.
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