Preso PM que matou policial federal

Ariosvaldo do Nascimento se apresentou com advogado e está recolhido no 3º Batalhão da PM em Imperatriz

Atualizada em 13/10/2022 às 12h57

O PM Ariosvaldo Morais do Nascimento, 35 anos, acusado de ter assassinado com dois tiros o agente federal José Evandro Lopes Costa, 50 anos, está preso desde anteontem no 3º Batalhão da Polícia Militar em Imperatriz. Nascimento se apresentou no quartel acompanhado do seu advogado, Wilson Lopes Filho, quando tomou conhecimento de um mandado de prisão expedido contra ele pela Justiça Federal.

O delegado José Roberto de Oliveira, presidente do inquérito que apura a morte de Costa, interrogou o acusado ainda na tarde de sábado. O teor das declarações não foi revelado. Oliveira disse não haver problema no fato de a prisão do PM ter sido expedida por um juiz federal. "O que há é um mandado de prisão decretado por um juiz e que foi cumprido", afirmou Ribeiro.

Segundo o delegado, cabe agora ao advogado de defesa tentar revogar o pedido de prisão para que o acusado responda pelo crime em liberdade. Ele disse que o inquérito terá o andamento normal, apesar de a prisão ter sido decretada pela Justiça Federal.

MAL-ESTAR - O crime aconteceu por volta das 10h de quarta-feira em frente a uma pousada, no bairro do Bacuri. O caso provocou um mal-estar entre a PF e a PM. Segundo a mulher de Nascimento, Patrícia, o casal ia de mãos dadas para o quartel onde o PM faria exames quando o agente federal teria lhe dirigido gracejos.

Ela ainda tentou contornar a situação para evitar que o marido ficasse chateado. Não adiantou. Nascimento foi tomar satisfações com a vítima, que estava de bermuda na porta da pousada. Houve uma discussão e o PM efetuou três disparos contra o agente. Antes, Costa teria ameaçado puxar sua pistola. Dois tiros atingiram a vítima - um na cabeça e outro no abdome. O agente morreu na hora. Em seguida, o PM recolheu a arma da vítima, pegou uma moto-táxi e fugiu.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal do Maranhão, Luís Magno Farias, divulgou ontem nota em que rebate a versão de Patrícia. "As testemunhas presenciais do fato, em nenhum momento, afirmam que o policial assassinado tenha feito qualquer gesto ou 'gracejo' para a esposa do soldado Nascimento. Também não é verdade que o policial José Evandro tenha atirado contra o PM", declarou.

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