Frota reduzida

Bairros de São Luís sofrem impacto da greve na 1001 que chega ao quarto dia

Cerca de 30% da frota está parada, o que representa cerca de 160 veículos fora de circulação.

Imirante.com

Atualizada em 27/12/2025 às 08h29
Greve da 1001 chega ao 4º dia. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)

SÃO LUÍS - A paralisação dos ônibus da empresa 1001 chega ao quarto dia neste sábado (27) e já causa grandes transtornos para a população de muitos bairros de São Luís. O movimento foi deflagrado após o não pagamento de parcelas do 13º salário, férias e adiantamentos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema), Marcelo Brito, informou que se deslocaria até a garagem da empresa para acompanhar a mobilização.

Impacto direto nos passageiros

Cerca de 30% da frota está parada, o que representa cerca de 160 veículos fora de circulação. A greve na 1001 intensifica os problemas para quem depende do transporte público diariamente. A redução atinge diversos bairros da capital, deixando moradores sem transporte regular.

Veja os bairros afetados

Ribeira

Viola Kiola

Vila Itamar

Tibiri

Cohatrac

Parque Jair

Parque Vitória

Alto do Turu

Vila Lobão

Vila Isabel Cafeteira

Vila Esperança

Pedra Caída

Recanto Verde

Forquilha

Ipem Turu

Braide diz que pediu quebra de contrato com Consórcio Via SL após greve da 1001

A crise no transporte público em São Luís ganhou um novo capítulo nessa sexta-feira (26). O prefeito Eduardo Braide (SPD) afirmou em um vídeo que pediu a abertura imediata de um processo de caducidade - que consiste na rescisão forçada do contrato de concessão - contra o Consórcio Via SL, cuja uma das integrantes é a empresa 1001/Expresso Rei de França - paralisada após não pagar salário, 13º e o tíquete-alimentação de funcionários, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema).

"Uma empresa de ônibus deixou de pagar centenas de trabalhadores rodoviários na véspera do Natal, assim como deixou usuários sem transporte coletivo em vários bairros da cidade", afirmou o prefeito.

Braide afirma que a gestão municipal já iniciou os procedimentos para a contratação de uma nova operadora para as linhas afetadas.

Suspensão de subsídios e impasse financeiro

A crise financeira da empresa se agravou após a Prefeitura de São Luís suspender integralmente o repasse do subsídio tarifário referente a novembro de 2025.

A decisão foi baseada em um parecer técnico da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).

O valor de R$ 548.002,13, que seria destinado ao Consórcio Via SL, foi zerado para compensar custos emergenciais da prefeitura com o transporte por aplicativos durante paralisações anteriores, ocorridas entre 14 e 25 de novembro.

Vale ressaltar que o trecho da lei que previa repasses para apps foi suspenso no último dia 19 de dezembro pelo ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira a nota do SET sobre a paralisação, na íntegra

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) informa que a paralisação registrada é consequência do desconto ilegal de subsídios promovido pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), em descumprimento a decisão da Vara de Interesses Difusos e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Diante desse cenário, o sistema de transporte público de São Luís corre o risco de enfrentar um colapso generalizado, com prejuízos diretos à população usuária.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.