Deputado Pedro Lucas destaca impacto do primeiro lançamento comercial de foguete em Alcântara

SÃO LUÍS – O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) avaliou que o primeiro lançamento comercial de foguete no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), previsto para 17 de dezembro, representa um marco para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do Brasil. A declaração foi dada durante a edição desta segunda-feira (1º) do quadro Bastidores, do Bom Dia Mirante, da TV Mirante.

Segundo o parlamentar, a operação só se tornou possível após a aprovação da Lei Geral do Espaço, de sua autoria, que regulamenta atividades espaciais no país e dá segurança jurídica para investimentos no setor.

“O mercado aeroespacial representa um trilhão de dólares. Não se trata apenas de economia, mas também de tecnologia e oportunidades”, afirmou.

Pedro Lucas lembrou ainda que o processo de abertura da base maranhense ao setor privado teve início com o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, aprovado pelo Congresso após duas décadas de debate.

“Esse foi o primeiro passo. No meu primeiro mandato, apresentei o requerimento de urgência que destravou a apreciação do acordo”, disse.

O deputado destacou que o lançamento envolverá parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para o desenvolvimento de nanofoguetes, o que, segundo ele, amplia a capacidade de produção científica nacional.

“A Lei Geral do Espaço destrava a burocracia que existia. Agora, empresas brasileiras e estrangeiras podem investir e desenvolver novas tecnologias”, afirmou.

Investigação sobre emenda para o município de Arari

A entrevista também abordou a investigação da Polícia Federal sobre a destinação de uma emenda parlamentar, no valor de R$ 1,2 milhão, enviada por Pedro Lucas ao município de Arari, cuja prefeita Simplesmente Maria afirmou que os recursos “sumiram”.

O deputado disse estar “muito tranquilo” em relação à apuração e que cobrou explicações do ex-prefeito Rui Filho(União). Segundo ele, o gestor alegou que o dinheiro demorou a ser liberado e acabou sendo utilizado em outras despesas da prefeitura, mas que todas as comprovações foram encaminhadas à Controladoria-Geral da União (CGU).

“Se precisar, estarei na Polícia Federal para esclarecer. Não sou ordenador de despesa”, reforçou.

Pedro Lucas defendeu a existência das emendas parlamentares, afirmando que municípios pequenos dependem desses recursos para investimentos em infraestrutura, saneamento e gestão de resíduos sólidos.

“Sou a favor do maior controle das emendas, mas também da manutenção delas. Sem isso, muitos municípios não teriam condições de executar projetos básicos”, declarou.

Relação do União Brasil com o governo federal

Líder do União Brasil na Câmara, o deputado comentou o recente pedido da cúpula do partido para que filiados deixassem cargos no governo Lula. Segundo ele, a decisão busca garantir independência nas votações.

“Não fica bem para o partido votar contra o governo e manter espaço na gestão. O presidente Antônio de Rueda formalizou a saída e isso permite um debate mais saudável dentro da Câmara”, afirmou.

Ele citou como exemplo a aprovação do projeto de combate às organizações criminosas, o PL Antifacção, tema em que a legenda divergiu do Palácio do Planalto.

O parlamentar também comentou a situação dos ministros Celso Sabino (que, segundo ele, deve ser expulso da sigla) e André Fufuca (PP), que permanece no governo por ainda estar vinculado à federação partidária. A saída de Fufuca, disse Pedro Lucas, deve ocorrer no início de 2026.

Ao final da entrevista, o deputado reiterou que seguirá destinando recursos para Arari.

“É uma cidade que ainda enfrenta índices preocupantes, mas temos trabalhado para melhorá-los. Vou continuar ajudando”, concluiu.

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