Complexo Salvatore

Quando o mundo segue, mas você ainda está parado

O mundo segue, enquanto o coração ainda se sente parado.

Publipost / Complexo Salvatore

No Grupo de Acolhimento Luto pela Vida, do Complexo Salvatore, aprendemos que não existe um ritmo certo.  Foto: Divulgação.

Dias após um velório, tudo parecia seguir seu curso normal. Mas, para quem está enlutado, a vida cotidiana continua em um ritmo que parece exageradamente rápido. O mundo segue, enquanto o coração ainda se sente parado.

Um participante do Luto pela Vida uma vez me contou que algumas semanas após a perda de um ente querido, em uma ida ao supermercado observou as prateleiras organizadas, as pessoas conversando, as crianças correndo pelos corredores — tudo parecia indiferente à sua dor. Enquanto empurrava o carrinho, sentia-se desconectado, como se estivesse em câmera lenta, observando um filme que ninguém mais conseguia ver.

Essa sensação é mais comum do que se imagina. Quem vive o luto sente que está atrasado em relação à vida social, como se houvesse uma cobrança invisível para “seguir em frente”. Mas viver o luto não é fraqueza; é, na verdade, um ato de resistência. É permitir-se sentir, mesmo quando tudo ao redor exige movimento.

No Grupo de Acolhimento Luto pela Vida, do Complexo Salvatore, aprendemos que não existe um ritmo certo. Ali, cada participante encontra espaço para sentir, compartilhar e receber acolhimento sem pressa. E se você sente que precisa desse espaço — sendo cliente ou não do Complexo Salvatore, de forma totalmente gratuita —, pode participar conosco. Basta enviar uma mensagem para o WhatsApp 98 2109 399.

O luto não é uma corrida; é um processo que exige coragem para sentir, respeitar e atravessar cada emoção. Aceitar que, às vezes, o mundo segue sem você, e ainda assim se permitir existir no seu próprio tempo, é parte essencial da cura.
 

Paula Goulart

Especialista em Luto, CEO do Complexo Salvatore, mãe e empresária, dedica sua trajetória a transformar a forma como acolhemos e vivemos o luto e ressignificamos a dor.
 

Paula Goulart. Foto: Divulgação

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