SÃO PAULO - A falsificação de bebidas alcoólicas no Brasil voltou a preocupar autoridades após uma série de intoxicações por metanol em São Paulo. Segundo informações da Secretaria de Saúde, uma pessoa morreu e outras oito foram internadas em menos de 18 dias, entre os dias 9 e 27 de setembro de 2025.
Os casos ocorreram em Campinas, Hortolândia, Sumaré e São Paulo capital. A principal suspeita é que as vítimas tenham consumido bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica e proibida para uso em produtos destinados ao consumo humano.
O que é o metanol e por que ele é perigoso?
O metanol é um tipo de álcool utilizado na indústria como solvente, anticongelante e combustível. Diferente do etanol, que é seguro para consumo em doses moderadas, o metanol pode causar sérios danos à saúde mesmo em pequenas quantidades.
Entre os sintomas de intoxicação estão:
Visão turva ou perda de visão
Dor abdominal intensa
Tontura e náusea
Convulsões
Danos ao cérebro, fígado e nervo óptico
Em casos graves, pode levar à morte
Falsificação de bebidas no Brasil: um problema crescente
Segundo levantamento da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), cerca de 36% das bebidas vendidas no Brasil são falsificadas, fraudadas ou contrabandeadas. Vinhos e destilados estão entre os mais afetados, com destaque para a vodca, onde uma em cada cinco garrafas pode ser adulterada.
A entidade alerta que muitos estabelecimentos são vítimas de fornecedores ilegais e cobra ações mais rigorosas das autoridades para combater o mercado clandestino.
Principais alertas sobre bebidas falsificadas:
36% das bebidas vendidas no Brasil são ilegais ou adulteradas
Metanol é altamente tóxico e pode causar morte
Uma morte e oito internações em SP em menos de 18 dias
Vodcas e vinhos estão entre os produtos mais falsificados
Fhoresp pede fiscalização e campanhas de conscientização
Recomendação às autoridades e consumidores
A Fhoresp e especialistas em saúde pública recomendam que consumidores verifiquem a procedência das bebidas antes de consumir. Estabelecimentos devem exigir nota fiscal e comprar apenas de distribuidores autorizados. A fiscalização precisa ser intensificada para evitar novas tragédias.
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