SÃO PAULO - A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) divulgou um alerta sobre a falsificação de bebidas alcoólicas no Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa e Estatística da entidade, cerca de 36% das bebidas comercializadas no país são fraudadas, falsificadas ou contrabandeadas.
O levantamento, divulgado em abril de 2025, aponta que vinhos e destilados estão entre os produtos mais afetados. A pesquisa revela que uma em cada cinco garrafas de vodca vendidas no Brasil é adulterada, o que representa um risco à saúde pública.
Casos de intoxicação por metanol preocupam autoridades
Nos últimos meses, diversos casos de intoxicação por metanol foram registrados em São Paulo. Três pessoas morreram após consumir bebidas adulteradas, sendo uma na capital e duas em São Bernardo do Campo. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) já contabilizou seis casos confirmados e investiga outros dez.
O metanol é um tipo de álcool altamente tóxico. Mesmo em pequenas doses, pode causar visão turva, dor abdominal, tontura, náusea, convulsões e danos irreversíveis ao cérebro, fígado e nervo óptico. Em casos graves, pode levar à morte.
Impacto no setor de bares e restaurantes
A Fhoresp, que representa cerca de 500 mil empresas paulistas, afirma que a maioria dos estabelecimentos atua corretamente, mas muitos são prejudicados por fornecedores que adulteram os produtos. A entidade cobra das autoridades uma ação articulada para desmantelar os esquemas de falsificação.
Segundo Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp, o alerta já havia sido feito há seis meses, com dados que indicavam porcentagens relevantes de fraude no setor.
Principais pontos da pesquisa da Fhoresp:
36% das bebidas vendidas no Brasil são falsificadas, fraudadas ou contrabandeadas
Vinhos e destilados são os mais afetados
1 em cada 5 garrafas de vodca é adulterada
Três mortes confirmadas por ingestão de bebidas com metanol
Entidade pede ação urgente das autoridades para combater o problema
Recomendação às autoridades
A Fhoresp reforça a necessidade de fiscalização rigorosa e campanhas de conscientização para alertar consumidores e comerciantes sobre os riscos das bebidas falsificadas. A entidade também sugere que bares e restaurantes verifiquem a procedência dos produtos antes de comercializá-los.
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