Cozinha Solidária

Projeto servirá cerca de mil refeições por dia para pessoas em situação de vulnerabilidade social no MA

A cerimônia de apresentação ocorre no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM).

Imirante.com

Além da produção e distribuição de refeições, o projeto prevê formações e capacitações para as equipes, priorizando desenvolvimento técnico, humano e práticas sustentáveis. (Foto: divulgação / Freepik)

SÃO LUÍS – Será lançada, nesta quinta-feira (14), a implantação da primeira Cozinha Solidária do Maranhão, em parceria com o Instituto Assaí e a Vale. A unidade será instalada no bairro Itaqui-Bacanga, em São Luís, e terá capacidade para produzir e distribuir mil refeições por dia, de segunda a sexta-feira, a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O projeto integra o segundo Hub de Segurança Alimentar e Nutricional da organização no Brasil, o primeiro fora da sede nacional, no Rio de Janeiro, e reúne equipamentos de alto impacto social, como cozinha solidária, banco de alimentos, escola de gastronomia social e hortas comunitárias.

A cerimônia de apresentação ocorre no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM), no Centro Histórico de São Luís, e marca a assinatura simbólica do termo de cessão de um terreno de 4 mil m² doado pela Vale para a implantação da unidade. A construção será financiada pelo Instituto Assaí.

Além do lançamento, o evento conta com o debate “Modelos integrados de enfrentamento à fome: o papel das organizações sociais, empresas e territórios”, com a presença de autoridades, lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil.

De acordo com a ONG, a operação da Cozinha Solidária será realizada com o apoio de organizações locais, selecionadas por meio de edital público, considerando critérios como engajamento comunitário e proximidade com a unidade. Cada kit de alimentação conterá refeição completa, fruta, água mineral e talheres.

O diretor-executivo da Ação da Cidadania, Rodrigo “Kiko” Afonso, destacou a importância do projeto no Nordeste:

“A escolha do Maranhão reflete a urgência de atuação em territórios com índices críticos de fome e, ao mesmo tempo, com forte mobilização comunitária e capacidade de articulação.”

Segundo o IBGE, o estado apresenta 25,7% de lares com insegurança alimentar leve, 9,8% em grau moderado e 8,1% em condição grave, evidenciando a necessidade de ações estruturantes para enfrentar a fome.

A gerente de Projetos da Ação da Cidadania, Jeniffer Barboza, afirmou que o modelo dos hubs busca resultados efetivos: “O que começamos no Rio agora se expande para o Maranhão, que reúne alta vulnerabilidade social, capacidade de articulação comunitária e viabilidade institucional para atuação em rede.”

O gerente do Instituto Assaí, Junior Selarin, destacou que, com a Cozinha Solidária do Maranhão, a instituição alcança a meta de apoiar dez cozinhas solidárias no Brasil até 2025. Já a diretora de Investimento Social Privado da Vale, Flavia Constant, reforçou o simbolismo da implantação no Itaqui-Bacanga, região marcada por desafios sociais:

“Essa articulação é mais uma entrega da rede Juntos Contra a Pobreza e parte estratégica do plano de atuação territorial da Vale.”

Além da produção e distribuição de refeições, o projeto prevê formações e capacitações para as equipes, priorizando desenvolvimento técnico, humano e práticas sustentáveis. A Ação da Cidadania também busca novos parceiros para fortalecer o ecossistema do hub e ampliar o combate à fome no estado.

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