JUDICIÁRIO

Presidente da OAB também deve ser alvo de sanções dos EUA

Advogados entregam dossiê aos EUA com denúncias sobre falta de ação do presidente da OAB diante de supostos abusos contra acusados dos atos de 8 de janeiro.

Ipolítica

Advogados cobram atuação do presidente da OAB sobre violações ligadas aos atos de 8 de janeiro. (Reprodução)

BRASÍLIA - Um grupo de advogados entregou ao governo dos Estados Unidos um relatório acusando o presidente da OAB, Beto Simonetti, de ignorar violações de direitos humanos envolvendo acusados dos protestos de 8 de janeiro. A intenção é incluir o líder da Ordem dos Advogados do Brasil nas sanções recentemente aplicadas por autoridades norte-americanas contra brasileiros.

Conforme o documento, o presidente da OAB teria se omitido após denúncias sobre as condições em que 142 mulheres ficaram presas no presídio Colmeia, no Distrito Federal. Elas compartilhavam uma única pia para consumo e higiene, com acesso apenas a água não potável, situação considerada uma afronta à dignidade humana.

Além disso, os advogados destacam a falta de reação da entidade diante das alegações de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, limitou ilegalmente o acesso integral dos defensores aos autos processuais. Segundo o dossiê, essa prática viola princípios fundamentais de justiça e defesa previstos em tratados internacionais.

OMISSÃO DA OAB

Outro ponto abordado é o uso exclusivo do plenário virtual pelo STF para julgar os acusados. De acordo com os advogados, essa modalidade de julgamento impede sustentações orais presenciais, prejudicando amplamente o direito de defesa dos envolvidos. Nesse contexto, a ausência de ação da OAB é classificada como "inércia grave".

Recentemente, os EUA revogaram vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e aliados. Conforme fontes próximas às autoridades norte-americanas, membros adicionais do STF e outras autoridades brasileiras também foram afetados pelas medidas restritivas.

 

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