SÃO LUÍS – Um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA), divulgado nesta quinta-feira (24), revelou que 64,4% dos consumidores de São Luís pretendem comprar presentes para o Dia dos Pais este ano.
A expectativa é de que o gasto médio por presente seja de R$ 177, o que deve movimentar cerca de R$ 94 milhões na capital maranhense. O valor representa um crescimento de 9,82% em relação ao mesmo período do ano passado.
A pesquisa mostra ainda que 91,1% dos consumidores pretendem adquirir apenas um presente, priorizando itens de uso pessoal. Entre os mais citados estão roupas (36,1%), calçados (22,3%) e produtos de perfumaria (20,3%).
Apesar dos números positivos, 21,8% da população ainda está indecisa sobre comprar ou não presentes, enquanto 13,8% afirmaram que não devem realizar compras neste Dia dos Pais. Esse último grupo, segundo a Fecomércio, é formado principalmente por pessoas com menor renda e escolaridade, cujos orçamentos foram afetados pelo aumento do custo de vida.
Melhora no mercado de trabalho e queda na inadimplência
O bom desempenho das intenções de compra está diretamente ligado à recuperação do mercado de trabalho no Maranhão. Entre janeiro e maio deste ano, a Grande Ilha de São Luís criou 5.973 empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Caged. Em comparação, no mesmo período de 2024, houve a perda de 155 postos de trabalho.
A Fecomércio atribui esse crescimento ao fortalecimento dos setores de construção e serviços, que vêm contribuindo para a recuperação da renda e aumento da confiança das famílias.
A pesquisa também destaca a estabilidade nos índices de endividamento e inadimplência como fatores que influenciam positivamente o consumo. Atualmente, 69,3% da população de São Luís está endividada, mas apenas 27,3% encontram-se inadimplentes, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de julho de 2025.
Na hora da compra, o cartão de crédito com parcelamento curto e o pagamento à vista continuam sendo as formas de pagamento mais utilizadas pelos consumidores da capital.
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