BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o bloqueio dos bens e contas bancárias do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida inclui a suspensão de qualquer movimentação financeira, como o recebimento de doações via Pix, inclusive aquelas feitas por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo declaração pública de Bolsonaro, os repasses ao filho somam cerca de R$ 2 milhões. Eduardo está nos Estados Unidos desde março de 2025, quando pediu licença do mandato alegando perseguição política. A licença expirou no dia 20 de julho, mas o deputado afirmou que não renunciará ao cargo, mesmo permanecendo fora do país.
INVESTIGAÇÃO EM CURSO
Eduardo Bolsonaro é alvo de inquérito no STF sob a suspeita de incentivar ações do governo norte-americano contra o Brasil e o Supremo, no contexto das investigações sobre tentativa de golpe de Estado. A permanência fora do país, somada à ausência prolongada e sem justificativa, poderá resultar em processo de cassação, conforme prevê o regimento da Câmara dos Deputados.
A decisão de Moraes ocorre após nova operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, realizada em 18 de julho. O ex-presidente passou a cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno, por determinação da Procuradoria-Geral da República, que apontou risco iminente de fuga.
DECLARAÇÃO E DESDOBRAMENTOS
Em entrevista a um podcast nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro confirmou o bloqueio de suas contas e afirmou não haver provas contra ele. A manifestação, no entanto, não altera o curso da investigação, que segue sob responsabilidade do STF.
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