BRASÍLIA - O deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) afirmou que o Congresso Nacional já se posicionou com firmeza ao aprovar a Lei da Reciprocidade Econômica e defendeu uma resposta equilibrada à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A declaração foi dada em meio à repercussão política causada pela decisão do presidente americano Donald Trump, que atribuiu a medida à atuação do Supremo Tribunal Federal no julgamento de Jair Bolsonaro.
“Manter o diálogo e cultivar boas relações internacionais é fundamental para proteger a nossa economia. A taxação imposta pelos EUA acende um sinal de alerta e exige uma resposta responsável, com foco na defesa do setor produtivo e dos empregos”, declarou Pedro Lucas.
CENTRO COBRA FIRMEZA E CUIDADO
A fala do parlamentar maranhense foi reforçada por outros líderes do centro político, que, mesmo vendo na medida americana um desgaste ao bolsonarismo, avaliam que o cenário para 2026 ainda está em formação. Dirigentes de partidos como PP, MDB e PSDB consideram que o episódio pode representar um ponto de inflexão na trajetória da direita radical, mas evitam conclusões precipitadas.
Segundo Pedro Lucas, a lei aprovada pelo Congresso assegura que o país possa agir com proporcionalidade: “É um instrumento que garante ao Brasil o direito de agir com equilíbrio e firmeza para defender nossa soberania e preservar a competitividade do Brasil no cenário global”.
CENÁRIO ELEITORAL EM TRANSIÇÃO
Enquanto o governo federal critica a posição dos bolsonaristas, que teriam atuado para estimular a sanção americana, parlamentares de centro-direita projetam possível reposicionamento no campo político. Um dos nomes citados é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que classificou a decisão de Trump como “deletéria”.
O presidente Lula reagiu com ironia e relembrou o apoio explícito de Tarcísio à candidatura de Trump em 2020, criticando o que chamou de tentativa de esconder “o chapeuzinho do Trump”.
Apesar da controvérsia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), preferiram adotar tom moderado. Em nota conjunta, afirmaram que a resposta brasileira deve ocorrer por meio de canais diplomáticos e comerciais, com base na legislação vigente.
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