CONGRESSO

Linguagem tátil proposta por Márcio Jerry avança na Câmara

Comissão de Educação da Câmara aprovou proposta que inclui linguagem tátil de cores entre os recursos educacionais previstos na Lei Brasileira de Inclusão.

José Linhares Jr / Editor do Ipolítica

A iniciativa altera dispositivo da legislação que já prevê o ensino de Libras, Braille e tecnologias assistivas, com o objetivo de ampliar a autonomia. (Reprodução)

BRASÍLIA - A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4785/23, de autoria do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), que propõe a inclusão da linguagem tátil de cores no conjunto de recursos garantidos pela Lei Brasileira de Inclusão. A proposta beneficia estudantes com deficiência visual.

O texto determina que o poder público assegure o ensino da linguagem tátil de cores como instrumento para ampliar habilidades funcionais de pessoas cegas, com baixa visão, daltônicas ou monoculares. A técnica permite a identificação de cores por meio de texturas e relevos.

A iniciativa altera dispositivo da legislação que já prevê o ensino de Libras, Braille e tecnologias assistivas, com o objetivo de ampliar a autonomia e a acessibilidade educacional dos estudantes com deficiência visual.

APLICAÇÃO NO COTIDIANO MOTIVOU PROJETO DE LEI

Segundo Márcio Jerry, ações simples como escolher a cor de uma camisa, esmalte ou material escolar representam obstáculos reais para parte da população. O deputado defendeu que o Estado deve eliminar barreiras e garantir, por meio de políticas públicas, igualdade de acesso à informação.

O parlamentar destacou ainda que a linguagem tátil permite mais independência às pessoas com deficiência visual e fortalece a inclusão em ambientes escolares e sociais. A proposta foi relatada pela deputada Carol Dartora (PT-PR).

Para a relatora, o Braille não é suficiente para comunicar cores. Ela afirmou que a nova linguagem é necessária para transmitir esse tipo de informação de maneira sensorial e acessível, ampliando as possibilidades de aprendizagem.

PROJETO SEGUE PARA OUTRAS COMISSÕES DA CÂMARA

O texto segue em análise nas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

A tramitação ocorre em caráter conclusivo. Caso aprovado nas comissões, o projeto poderá seguir diretamente para o Senado Federal, sem necessidade de votação no plenário da Câmara.

A proposta insere a linguagem tátil das cores como política educacional permanente, vinculada aos deveres do poder público com a inclusão plena de estudantes com deficiência.

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