Flanelinha é condenado a mais de 15 anos de prisão por morte de jovem em São Luís

SÃO LUÍS – O 1º Tribunal do Júri de São Luís condenou Edmundo da Silva Pereira, conhecido como flanelinha, a 15 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelo assassinato de Charlle Monteiro Ferreira, também conhecida como “Charlene” ou “Gabrielly”. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (24), no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro do Calhau.

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O crime ocorreu em fevereiro de 2022, dentro de uma quitinete localizada no conjunto Jardim das Margaridas, no Cohatrac. De acordo com o Ministério Público, Charlle foi convidada por Edmundo para ir até o local. Lá, após manterem relações sexuais, o acusado atacou a vítima com vários golpes de faca, utilizando a própria arma branca que estava na bolsa dela. Em seguida, ele fugiu do local.

Imagens de câmeras de segurança registraram a entrada dos dois na quitinete. O corpo da vítima só foi encontrado dias depois, na manhã do dia 2 de fevereiro, em avançado estado de decomposição. A identificação foi feita por familiares no Instituto Médico Legal (IML), após divulgação do caso na imprensa.

Durante o julgamento, Edmundo confessou o crime, alegando legítima defesa. No entanto, o júri acatou a denúncia do Ministério Público, que apontou o homicídio como duplamente qualificado: por motivo de vingança e por dificultar a defesa da vítima. Conforme as investigações, Charlle teria ferido Edmundo com facadas um ano antes do assassinato.

A sessão foi presidida pelo juiz José Augusto Sá Costa Leite. O promotor Benedito Barros Pinto atuou na acusação, enquanto a defesa ficou a cargo do advogado Alessio Sander de Paiva Melo. Apenas a irmã do réu foi ouvida como testemunha pela defesa.

Na sentença, o juiz destacou a gravidade do crime, cometido com múltiplos golpes de faca em um ambiente fechado e com isolamento acústico, dificultando qualquer tentativa de socorro. O magistrado considerou a motivação torpe e negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. Edmundo cumprirá a pena inicialmente em regime fechado, na Penitenciária de Pedrinhas, onde já se encontrava preso preventivamente.

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