
O novo horizonte de investimentos para o Maranhão
A maioria dos estados do Nordeste enfrenta uma notável carência de dados setoriais específicos, o que frequentemente dificulta e prolonga o processo de atração de investimentos.

Meus amigos,
Como vocês sabem, atuo como economista-chefe da consultoria Control Risk Analytics, especializada em estudos e análises do setor produtivo. Nossa atuação se estende pelos estados do Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí. A demanda por nossos serviços provém, principalmente, de empresas da região e de investidores que necessitam de informações e dados precisos e atualizados. Tais informações são cruciais para embasar suas tomadas de decisões, incluindo comparativos detalhados sobre as vantagens e desvantagens de investir em cada estado. Além disso, percebemos que os investidores buscam ativamente o apoio do poder público, a segurança jurídica e a discrição na fase dos estudos preliminares, a fim de evitar especulações no mercado.
A maioria dos estados do Nordeste enfrenta uma notável carência de dados setoriais específicos, o que frequentemente dificulta e prolonga o processo de atração de investimentos. No entanto, há um esforço crescente para reverter essa situação. Posso citar o exemplo promissor do Maranhão, onde, nos últimos anos, o aprimoramento em planejamento e estratégia tem avançado significativamente. Duas secretarias específicas, por meio de acordos de cooperação, vêm transformando o cenário das projeções. São elas: a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE) e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ).
A SEDEPE é liderada pelo ex-ministro do transporte e ex-governador José Reinaldo Tavares, que agrega vasta experiência política e profundo conhecimento em projetos de infraestrutura e estratégicos. Essa combinação é fundamental, pois facilita a conciliação dos interesses entre o poder público e a iniciativa privada. Podemos destacar projetos de extrema relevância impulsionados pela SEDEPE, como a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Bacabeira. Esta ZPE possui uma vantagem estratégica inquestionável devido à sua proximidade com o complexo portuário de São Luís, com destaque especial para o Porto do Itaqui. Entre os projetos âncora da ZPE, figuram a Refinaria Modular Oil Group (Estados Unidos), a Stegra Siderurgia (Suécia), e a Vale, com foco na produção de briquetes (HBI - Hot Briquetted Iron), utilizando como base o minério de ferro peletizado da Vale. Outro avanço disruptivo para o setor de tecnologia da informação (TI) e conectividade é o Cabo Submarino do Maranhão. Além desses, o estado conta com outros projetos de igual magnitude e relevância para o seu desenvolvimento, como o Projeto Logístico de Alcântara, que engloba o Terminal Portuário de Alcântara e a Ferrovia EF-317, conectando-o à Ferrovia Norte-Sul.
A SEFAZ, por sua vez, é uma secretaria essencial e estratégica para a concretização de investimentos no Maranhão. Isso se deve ao seu histórico comportamental do setor produtivo e arrecadatório do estado. É liderada pelo economista, advogado tributarista e auditor fiscal da Receita Federal, Marcellus Ribeiro Alves. A SEFAZ mantém uma aliança fortíssima com a SEDEPE para o desenvolvimento econômico do Maranhão, parceria reconhecida e estimulada pelo governo estadual, que agora incentiva a mesma iniciativa com outras secretarias para fortalecer a economia regional.
Em suma, a expertise do setor privado aliada a evolução planejamento estratégico e à visão integrada do poder público do Maranhão, demonstra um cenário promissor para investimentos. A capacidade de articular grandes projetos de infraestrutura e a busca por dados precisos e segurança jurídica posicionam o estado como um polo de oportunidades, pronto para atrair e consolidar importantes empreendimentos que impulsionarão o crescimento econômico e social da região.
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