Articulação

Pedro Lucas cogita recusar convite de Lula, dizem aliados

Pedro Lucas deve permanecer como líder do União Brasil na Câmara Federal, cargo alvo de disputa interna e crise na legenda.

Ipolítica, com informações da Folha de S. Paulo

Pedro Lucas deve rejeitar cargo de ministro de Lula (Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

SÃO LUÍS - O deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) comunicou a aliados que rejeitará o convite do governo Lula (PT) para assumir o Ministério das Comunicações. A decisão será oficializada após reunião da bancada do partido, marcada para esta terça-feira (22). A informação circula desde ontem a noite na imprensa nacional. 

Procurado pela equipe do Ipolítica, Pedro Lucas optou por ainda não se posicionar, antes do anúncio oficial.

A informação de que Pedro Lucas deve rejeitar o convite de Lula, contudo, foi confirmada ao Ipolítica por aliados do deputado. Lula formalizou o convite há duas semanas.

A pasta está sem titular há quase 15 dias, desde a demissão do também maranhense Juscelino Filho, denunciado pela PGR por suposto desvio de emendas parlamentares. Ele retornou ao mandato na Câmara, e Sônia Faustino Mendes, secretária-executiva, comanda o ministério interinamente.

Embora Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, tenha anunciado Pedro Lucas como novo ministro após reunião com Lula, o deputado afirmou que consultaria a bancada antes de aceitar. 

A informação é de que ele optou por permanecer como líder do União Brasil na Câmara.

Disputa na Câmara

Pedro Lucas, ligado à ala governista do partido, já foi presidente da Agência Executiva Metropolitana no governo Flávio Dino (MA). Apesar do entusiasmo inicial, sua recusa visa manter a liderança da bancada com o grupo de Antônio Rueda, presidente do União Brasil.

A escolha de Pedro Lucas envolveu três meses de negociações, com disputas entre a ala de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e setores do partido que preferem distância do governo Lula. O grupo de Rueda prevaleceu, mas a saída do líder exigiria nova votação interna, podendo reacender divisões no partido.

Alcolumbre, que indicou Juscelino, pressionava para que o ex-ministro assumisse a liderança da bancada, mas deputados rejeitaram interferências externas. Parte do partido também resiste à aproximação com o governo, mirando as eleições de 2026, com Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) já lançado como pré-candidato à Presidência.

Com a recusa de Pedro Lucas, o futuro do cargo é incerto. A bancada pode indicar Moses Rodrigues (União Brasil-CE) ou o governo pode realocar Celso Sabino (União Brasil) do Turismo para as Comunicações, ampliando espaço para o PSD. Outra possibilidade é uma nova indicação de Alcolumbre.

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