COLUNA
Rogério Moreira Lima
Engenheiro e professor, foi coordenador Nacional da CCEEE/CONFEA e vice-presidente CREA-MA (2022). É membro da Academia Maranhense de Ciência e diretor de Inovação na Associação Brasileira de
Rogério Moreira Lima

Ele não disse adeus!

No último dia 12 de janeiro de 2025, completaram-se doze anos desde a inesperada partida do Engenheiro Civil Francisco Silva, carinhosamente conhecido como "Muriçoca".

Rogério Moreira Lima

No último dia 12 de janeiro de 2025, completaram-se doze anos desde a inesperada partida do Engenheiro Civil Francisco Silva, carinhosamente conhecido como "Muriçoca". Sua ausência ainda ecoa profundamente em nossas vidas e nos corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Mais do que um profissional exemplar, meu pai era um homem de espírito leve, alegria contagiante e coração generoso, que transformava cada encontro em um momento especial. Sua energia e suas lições de vida continuam a nos inspirar todos os dias.

Esposo dedicado de Maria Telma Moreira Lima Silva, farmacêutica bioquímica, e pai de Rogerio Moreira Lima Silva, engenheiro eletricista; Flavio Moreira Lima Silva, contador; e Aluizio Moreira Lima Silva, advogado, ele foi o alicerce de sua família, uma fonte inesgotável de ensinamentos que moldaram quem somos. Seu exemplo de trabalho árduo, honestidade e amor incondicional segue nos guiando em cada decisão que tomamos. Como engenheiro eletricista, escolhi a engenharia inspirado por ele, buscando honrar o legado que construiu com tanto esforço e dedicação. Ele foi meu maior incentivador nos estudos, meu fã número 1, e a fonte de conselhos inestimáveis sobre como ser engenheiro. Sempre destacou a importância de valorizar o conhecimento empírico dos mais simples e de utilizar a formação acadêmica como ferramenta para ponderar, questionar e aprimorar os procedimentos, garantindo que fossem adequados ou corrigidos quando necessário.

A tragédia nos atingiu de forma devastadora no dia 11 de janeiro de 2013. Meu pai sofreu um acidente de trânsito e foi levado ao Hospital Socorrão. Naquele momento de incerteza e dor, foi graças a um anjo desconhecido, que o reconheceu no corredor, que nossa família foi informada. Na madrugada do dia 12, ele foi transferido para o Hospital São Domingos, mas, apesar de todos os esforços, nos deixou às 14 horas daquele fatídico dia. A urgência da notícia, a angústia da espera e o choque da perda nos marcaram para sempre.

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Após sua morte, a família cresceu, e nasceram seus netos, um sonho que ele infelizmente não pôde realizar em vida. Sua primeira neta, Maria Rita Medeiros Moreira Lima, nasceu em 4 de setembro de 2018, e Joaquim Francisco Figueiredo Moreira Lima chegou em 16 de novembro de 2019. A lembrança do carinho que ele tinha pelas crianças nos faz imaginar o quanto teria se alegrado com o nascimento dos netos, um desejo que sempre esteve em seu coração. 

Ainda lembro vividamente da aflição ao receber a notícia. Estava fora do estado, e cada quilômetro da viagem de retorno foi acompanhado por lágrimas, dor e um coração pesado. Sabia que, ao chegar, não teria mais a chance de ouvi-lo ou abraçá-lo. Ele partiu, e não disse adeus.

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