SÃO LUÍS – Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que a previsão para novos casos de câncer de pele no Brasil é de 220.490 até 2025. A exposição excessiva ao sol ao longo da vida é o principal fator de risco para esse tipo de câncer. O alerta será reforçado ao longo deste mês, durante a campanha ‘Dezembro Laranja’.
“O câncer de pele se apresenta em dois tipos: o câncer de pele melanoma e não melanoma, tais sejam, o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide, respectivamente. O primeiro é o menos frequente, porém o mais agressivo dos dois, devido a sua alta probabilidade de provocar metástases (disseminação para outros órgãos)”, detalha o médico Stênio Roberto Santos, cirurgião de cabeça e pescoço.
Esse tipo de câncer de pele, conforme o médico, representa apenas 3% das neoplasias malignas da pele: são lesões elevadas ou planas, mas, em geral, novos sinais que crescem, mudam de cor ou formato e já podem apresentar sangramento. Localizam-se em pele exposta ao sol ou são sinais antigos que apresentam as mesmas alterações. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente na região do tronco, no caso dos homens; e nas pernas, no caso das mulheres.
O outro grupo de tumores de pele é formado por tipos menos agressivos: o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. O carcinoma basocelular é totalmente curável, mas embora não costume provocar metástases, precisa ser retirado rapidamente, porque ele pode invadir localmente e causar deformidades, como a perda do globo ocular, conforme Stênio Roberto Santos.
O sintoma mais característico do melanoma é uma mancha, que lembra um sinal, mas com uma aparência diferente: ele é furta-cor, com tons de marrom e vermelho, e sangra. Com o passar do tempo, ele cresce e adquire o aspecto de um tumor mesmo.
Saiba mais sobre cada tipo de câncer da pele
Carcinoma basocelular (CBC): é o mais frequente, surgindo nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme. Surge normalmente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Também pode se desenvolver em áreas não expostas, ainda que mais raramente. causa o aparecimento de um pequeno tumor, avermelhado, que vai crescendo lentamente ao longo do tempo.
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Carcinoma espinocelular (CEC): este é o segundo mais frequente, manifestando-se nas células das camadas superiores da pele. Também é mais comum nas áreas expostas ao sol, mas pode se desenvolver em todas as partes do corpo. Além da exposição excessiva ao sol, o CEC também pode estar associado a cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados, além da exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, esse câncer, que é duas vezes mais frequente em homens, tem coloração avermelhada e se apresenta na forma de machucados ou feridas que não cicatrizam, ou pode ainda se assemelhar a verrugas.
Melanoma: é o tipo mais raro de câncer da pele, porém tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Geralmente possui a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele, e se inicia nas camadas superficiais da pele. Porém, nos estágios mais avançados, a lesão torna-se mais profunda, o que aumenta o risco de metástase, ou seja, de se espalhar para outros órgãos. Vale ressaltar, no entanto, que as chances de cura são de mais de 90% quando há detecção precoce da doença.
Preste atenção a sinais como:
- uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
- “Regra do ABCDE”: pintas Assimétricas, com Bordas irregulares, Cor variada, Diâmetro maior que 6mm e Evolução mudança no tamanho, forma, cor ou aparecimento de outros sintomas;
- uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento;
- em casos mais avançados, de câncer de pele com metástase, também podem ocorrer outros sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.
Prevenção
Evitar a exposição excessiva ao sol continua a ser a melhor estratégia contra o câncer de pele, e os cuidados devem ser redobrados, uma vez que a incidência dos raios ultravioleta está cada vez mais agressiva em todo o planeta.
O alerta vale para pessoas com todos os tipos de pele, embora os grupos de maior risco sejam os de pessoas com fototipos I e II, de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Também devem redobrar os cuidados aqueles que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas.
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